Assine VEJA por R$2,00/semana
Matheus Leitão Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Pesquisas revelam uma lição que pode ser valiosa para Bolsonaro

Ou... o ensinamento da extrema-direita francesa que o presidente pode colocar em prática

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 Maio 2022, 14h45 - Publicado em 17 Maio 2022, 08h22
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O cientista político Antônio Lavareda, responsável pelo Instituto Ipespe de pesquisas de opinião, afirmou à coluna que qualquer movimento ao centro do presidente Jair Bolsonaro, que tem uma desvantagem de 12 pontos para Lula, poderia levá-lo a agregar mais votos neste momento do pleito.

    Publicidade

    “Bolsonaro poderia fazer, como [Marine] Le Pen, um movimento centrípeto que permitiu a ela agregar mais quase 10% dos eleitores”, disse Lavareda.

    Publicidade

    “Insistir no discurso radical para agradar sua base original de nada serve. Nem é necessário. Ninguém o desafia nesse campo. Não temos um Zemmour, alguém mais à direita o ameaçando”, completou.

    Le Pen foi a candidata da extrema-direita na França, derrotada duas vezes por Emmanuel Macron mas que, em 2022, ampliou o seu eleitorado em quase oito pontos percentuais em relação a 2017.

    Publicidade

    Zemmour é um outro candidato extremista na França, mas da ultradireita, que coloca Le Pen muitas vezes em uma situação desconfortável, precisando falar aos eleitores de extrema-direita.

    Mesmo assim, a candidata se movimentou ao centro e obteve 2,6 milhões de votos a mais. Não por menos, foi a primeira vez que um radical de direita ultrapassou a marca de 40% dos votos no país europeu.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Óbvio que, no Brasil, Bolsonaro já ganhou uma eleição obtendo a marca de 55% dos votos e não tem ninguém mais à direita do que ele. E o presidente se comporta, muitas vezes, como um extremista que ataca a democracia.

    Nesta eleição, contudo, tem visto seu principal concorrente, Lula, manter uma média de 44% das intenções de voto, há um ano, enquanto Bolsonaro variou entre 23% e 26% até março de 2022.

    Publicidade

    Somente em abril deste ano, ou seja, mês passado, ele se recuperou mais e cresceu 5 pontos percentuais, chegando a 30%. Mas apenas após a saída do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro.

    Neste domingo, 15, o presidente fez a primeira fala em meses em que faz pequenos contrapontos com a direita radical que o segue cegamente no Brasil.

    Publicidade

    Bolsonaro disse ter pena do cara que levanta uma faixa defendendo o AI-5, minimizou os pedidos de intervenção militar e defendeu que não pensa em dar “um golpe”, independentemente do resultado.

    Continua após a publicidade

    Numa reunião na tarde desta segunda, 16, em São Paulo, ele voltou a falar aos gritos, criticou o Tribunal Superior Eleitoral, afirmou que querem “nos tirar agora o que tentaram nos tirar em 64” – segundo ele naquela época pelas armas, agora pela caneta.

    E bradou, radicalizando mais uma vez, que as eleições serão conturbadas. Ou seja, ele segue querendo incendiar seus incendiários de sempre.

    A cada gesto que parece ser de apaziguamento, o presidente faz outros três de confronto. Na semana passada estava em meio a mais uma crise instituições com outro poder, o Judiciário.

    De qualquer maneira, a mudança de tom, se ocorrer, será algo que os analistas devem estar cada vez mais atentos a partir de agora, à medida que o calendário oficial eleitoral se aproxima.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.