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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Pesquisas: como o Auxílio Brasil afetará o eleitor de Lula e Bolsonaro

Benefício pode puxar votos para presidente, mas lembrança do Bolsa Família ainda é forte

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 ago 2022, 14h48 - Publicado em 26 jul 2022, 18h00

A 68 dias das eleições, uma das maiores discussões entre os cientistas políticos é o impacto que o aumento do Auxílio Brasil pode gerar na reta final da disputa – até o dia 2 de outubro. Segundo a coluna apurou com especialistas, a forma como os mais pobres – especialmente os eleitores do Nordeste – vão interpretar o aumento no Auxílio Brasil pode, sim, influenciar no resultado das eleições.

A diferença que dá a vitória ao ex-presidente Lula nas últimas pesquisas está, em geral, entre os eleitores de baixa renda do Nordeste e de Minas Gerais. No grupo de baixa renda, analisando o cenário nacional, o petista tem aproximadamente 58% das intenções de voto. No Nordeste, o índice de votos do ex-presidente é ainda melhor, de 60%.

Existem duas interpretações diferentes em relação ao que o Auxílio Brasil pode gerar como reação entre os beneficiados. Uma, que favorece Lula, seria o eleitor pensar que Jair Bolsonaro só está dando o benefício para tentar superar a ideia inicial de Lula ao criar o Bolsa Família. Nesse caso, o voto permaneceria com o petista.

Na segunda interpretação, que favorece Bolsonaro, o eleitor pode pensar que o benefício do atual governo é melhor porque o valor é maior. Enquanto o Bolsa Família girava em torno de R$ 190, o Auxílio Brasil chegará agora, na reta final da eleição, ao valor de R$ 600. Nesse caso, o voto iria para o atual presidente.

Acontece que, corrigindo os valores pela inflação desde 2000, quando Lula era o presidente e o Bolsa Família pagava R$ 190, o valor atual do Auxílio Brasil não é tão mais alto assim.

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Embora Bolsonaro esteja fazendo essa comparação, o poder de compra do brasileiro diminuiu muito nos últimos 22 anos e o que se comprava com R$ 600 naquele ano não se compra mais hoje. A comparação é perigosa eleitoralmente e, por isso mesmo, a memória do beneficiário do Bolsa Família pode ser a favor de Lula.

Ainda que uma parcela dos eleitores mude seu voto e escolha Bolsonaro, hoje a avaliação é a de que o presidente dificilmente conseguirá puxar votos suficientes para virar a eleição contra Lula. As pesquisas mantêm uma distância considerável entre os dois e o ritmo de recuperação de Bolsonaro ainda não mostra sinais de avançar com mais força.

Antigo crítico do assistencialismo gerado pelo Bolsa Família, Bolsonaro agora – veja você, leitor – aposta que os R$ 600 do Auxílio Brasil, criado para ele ter um programa social para chamar de seu, serão o diferencial no resultado final das eleições.

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