Nova rodada do instituto Paraná Pesquisas revela que a disputa em São Paulo será ainda mais definidora neste ano para o resultado das eleições presidenciais.
Como mostrou o levantamento, Lula e Jair Bolsonaro estão empatados tecnicamente no Estado, o maior colégio eleitoral do Brasil.
É curioso perceber, contudo, que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato de Lula, lidera com folga a disputa para o governo paulista.
O petista tem 31,1% das intenções de voto no principal cenário, seguido pelo ex-governador Márcio França (PSB), que tem 17,6%, e pelo ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, com 12,7%, e que é o candidato de Bolsonaro.
Trata-se de uma diferença considerável, quase 20%, e mostra que o eleitorado ainda não tem todas as informações em mãos para escolher o seu candidato para o executivo.
Enquanto Rodrigo Garcia, nome de João Doria, não emplaca, a tendência é que a polarização Lula-Bolsonaro possa alavancar a candidatura de Tarcísio.
À medida que o tempo for passando, e a disputa afunilando, veremos se a terceira via começará a ganhar espaço em São Paulo, ou se o estado será um espelho do Brasil, que hoje esmaga qualquer candidatura “nem Lula, nem Bolsonaro”.
Com 22% do total de votantes do país, e com Lula e Bolsonaro empatados a menos de seis meses da eleição, o estado paulista será (ainda mais) fundamental para o resultado final da nona eleição seguida para presidente após a redemocratização do país.
Se Lula conseguir mais um milagre, o de unir França a Haddad, esse pode ser um grande trunfo do ex-presidente para vencer as eleições, tirar o PSDB do governo paulista após 30 anos e evitar a vitória de um bolsonarista de primeira linha no estado.