A aprovação do PL das Fakenews não tem a ver com a sangrenta disputa entre o bolsonarismo e o petismo, mas sim com os avanços civilizatórios que toda nação deve almejar.
É também uma questão de Justiça.
O Twitter, o Google, a Meta e o Tik Tok precisam aceitar que há um lado nebuloso nascido após a criação das big techs, e que diz respeito ao uso das plataformas pelo ser humano.
E por que resistem à regulamentação, já que se trata de algo tão comum (não é a primeira vez que o ser humano desvia a função de algo ou alguma coisa)?
Por dois motivos.
O primeiro é o dinheiro, claro. No caso, o enorme lucro dessas empresas do Vale do Silício. O temor é que elas percam influência e força, incluindo a monetária.
Já o segundo é mais complexo. Tem a ver com a natureza do negócio. O conceito de liberdade que as redes sociais tanto defendem, e que está no DNA de cada uma.
Em reunião há mais de 10 anos na sede do Google e do Facebook, ouvi a mesma defesa de linha filosófica para o surgimento delas: a liberdade de as pessoas se comunicarem, o que elas buscam desde os primórdios da Terra.
Pois bem. É uma ideia bonita de se defender, desde que ela não tenha se deturpado ao longo do caminho.
As redes sociais viraram terra sem lei e sem punição para propagação de noticias mentirosas ou incitação à violência. Assim, é um desserviço.
Não é liberdade, é libertinagem. Que os limites sejam impostos pela PL das Fake News.