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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O que explica a confiança de Lula na atual direção da Abin

Mesmo com a demissão do número 2 da agência, o presidente da República não tem dúvidas sobre a atuação de Luiz Fernando Corrêa

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 fev 2024, 16h09 - Publicado em 2 fev 2024, 15h08

Há uma confusão criada no cenário político após o avanço da Polícia Federal contra a Abin paralela bolsonarista, que – sabe-se hoje – espionava ilegalmente opositores durante o governo passado. 

A confusão envolve um funcionário público com uma longa trajetória de serviços prestados em sua carreira: o delegado da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa, hoje diretor-geral da Abin – a mesma Agência Brasileira de Inteligência acusada de desmandos na gestão de Alexandre Ramagem.

Luiz Fernando Corrêa foi diretor-geral da Polícia Federal entre 2007 e 2010, no segundo mandato de Lula. Ele assume o cargo para acabar com a pirotecnia das ações da PF e melhorar a qualidade da prova da corporação após erros da gestão anterior, a de Paulo Lacerda.

Mas a ligação dele com o PT vem ainda da década de 80, quando Corrêa participava do movimento sindical da Polícia Federal no Rio Grande do Sul. 

Desde então, ele tem inúmeros serviços prestados a governos petistas – e não só quando dirigiu a PF em um momento delicado da corporação.

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Luiz Fernando Corrêa já era o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça no primeiro mandato de Lula, ocasião em que criou a Força Nacional, hoje tão badalada por políticos dos mais variados espectros políticos.

No governo Dilma Rousseff, também foi muito bem-sucedido como diretor de segurança dos Jogos Olímpicos, sem nenhum incidente que tenha posto em perigo delegações dos países presentes no Rio de Janeiro.

Por tudo isso, Corrêa passou a ser uma figura de total confiança de Lula e do PT.  Em alguns momentos, ele foi, por assim dizer, da “cozinha” do presidente da República, e jamais se aproximou do bolsonarismo.

É nesse contexto de proximidade com Lula que ele assume a Abin após a crise do 8 de Janeiro, quando o PT temia novas tentativas de golpe e queria entender a contaminação da máquina pública pela extrema direita.

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Alessandro Moretti vive situação totalmente diferente. O número 2 de Luiz Fernando Corrêa, que acabou demitido por Lula por ser citado nas investigações da PF sobre a Abin paralela, trabalhou com várias figuras importantes do governo Jair Bolsonaro.

Mas, até pelo histórico de Corrêa com Lula, nem se cogita dentro do governo qualquer atuação da atual Abin (ou a partir de 2023) em favor do ex-presidente, justamente por quem estava na direção-geral da agência.

Nesse aspecto, a afirmação exclusiva de Alessandro Moretti à coluna – de que “não tem sentido taxar a Abin de bolsonarista” após o 8 de Janeiro – é compreensível. Ele mesmo, Moretti, teria de atuar de forma errada sob Luiz Fernando Corrêa, o que não é crível. 

Mas só as investigações da PF poderão responder a essa questão. 

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