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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O Natal revela que Deus é para todos!

Teólogo Rodolfo Capler destaca o sentido universal da festa, conforme a tradição cristã

Por Rodolfo Capler
25 dez 2021, 17h36

Nas últimas horas, boa parte das pessoas no mundo celebrou o Natal. A festa cristã mais conhecida e popular no mundo ocidental, não só movimenta a economia, como também revela os fundamentos da maior de todas as religiões. A crença de que Deus se manifestou de forma corpórea no ventre duma adolescente pobre chamada Maria é doutrina basilar da fé cristã. Segundo o testemunho dos primeiros cristãos, o menino Jesus foi concebido de forma milagrosa por ação direta do Espírito Santo. Conforme os mais antigos registros natalinos (documentados nos Evangelhos), o sentido do natal vai além da materialização de Deus num invólucro de carne; natal é Deus invadindo o tempo e o espaço, revelando-se aos marginalizados pela religião institucional.

Mateus, o evangelista, descreve a saga dos astrólogos vindos do oriente em busca do Deus-infante que nasce numa manjedoura. Seguindo uma estrela guia, eles chegam à estrebaria na qual o menino Jesus se encontra e o adoram oferecendo-lhes os seus presentes. Desse modo, o registro do primeiro ato litúrgico no Natal envolve o protagonismo de magos orientais, alheios à religião judaica. De forma semelhante, o médico Lucas, descreve em seu Evangelho, à primazia dada pela divindade aos simples pastores (nos campos próximos) que se tornam as primeiras figuras a receberem as boas novas do natal; um anjo se dirige a eles e lhes anuncia o nascimento do filho de Deus.

Conforme a tradição cristã, alicerçada nos Evangelhos, no natal Deus se manifesta preferencialmente àqueles que se encontram fora dos muros da religião, de modo que a espiritualidade cristã pode ser experienciada e praticada por quaisquer pessoas, não importando sua religião, sexualidade, etnia ou classe social. Em outras palavras, o natal nos ensina que Deus não é propriedade de ninguém! A divindade se manifesta – dando-se a conhecer – aos marginais da religião.

O meu sincero desejo é que neste Natal, todos os que se sentem aquém da experiência de Deus, dele se aproximem, com a mesma convicção que dominou os magos e os pastores mencionados pelos evangelistas Mateus e Lucas. O Deus – que segundo os registros evangelicais – se tornou um bebê, com graça e humildade, se faz acessível ao espírito humano. Feliz natal!


* Rodolfo Capler
 é teólogo, escritor e pesquisador do Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da Fundação São Paulo/PUC-SP

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