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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O grande erro político de Ciro Gomes às vésperas do primeiro turno 

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 set 2022, 17h22 - Publicado em 22 set 2022, 15h07

Estamos no ano de 2022, mas algumas coisas dentro da política simplesmente não mudam, caro leitor.

O desespero de candidatos que começam a perceber que a derrota está próxima, por exemplo, faz alguns comportamentos mudarem completamente.

Nesta quarta, 21, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) mostrou todo o seu desespero enquanto vê seus números caindo nas pesquisas e a campanha pelo voto útil em Lula começar a funcionar.

Em entrevista ao podcaster Bruno Aiub, conhecido como Monark, Ciro chamou Lula de “fascistoide”. “Fascismo puro isso que o PT e o Lula estão administrando contra o fascismo do Bolsonaro. É o fascismo na veia que sempre foi. O Lula sempre foi fascistoide”, disse o pedetista. Ora, não é fascismo pedir voto. Todo candidato tem o direito de fazê-lo.

Com a declaração equivocada, Ciro mostrou toda a sua pequenez diante de um podcaster que defendeu, vejam vocês, a existência de um partido nazista no Brasil. É mais que absurdo. É repulsivo.

Apesar de já estar na sua quarta tentativa de se tornar Presidente da República, Ciro ainda não aprendeu lições importantes.

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Neste ano, a principal delas é a luta para interromper um governo que está esgarçando as quatro linhas da Constituição por dentro. Um governo que ignora pessoas, instituições e autoridades.

Não é sobre o PT ou seu líder máximo, que já cometeram erros graves apontados neste espaço em algumas ocasiões. É sobre a democracia.

Ao acusar Lula de ser o que Bolsonaro é, Ciro Gomes também esquece que o ex-presidente é um dos responsáveis pela sua trajetória e carreira política.

Finge não perceber, também, o movimento de união que tem sido feito em torno de Lula – mas não pela figura de Lula – com um único objetivo: resistir ao autoritarismo.

O desespero pelo seu projeto de poder nunca alcançado está cegando Ciro Gomes.

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Testemunhando que uma parcela de seus eleitores começam a mudar o voto para tentar dar a vitória a Lula no primeiro turno, o candidato solta ataques e ofensas sem limites.

Nos bastidores, nem mesmo João Santana, o marqueteiro da campanha de Ciro que fez delação premiada contra o PT – assumindo coisas que hoje o pedetista critica em Lula –, tem aprovado o atual comportamento belicoso do político contra o ex-presidente, segundo apurou a coluna.

As declarações são ainda mais contraditórias porque, em abril, o mesmo Ciro Gomes disse que Bolsonaro era pior que Lula.

“Pior é Bolsonaro, sem nenhuma dúvida. Porque Bolsonaro é um grande corrupto, é um grande incompetente e é fascista. O Lula é uma pessoa que não tem nenhum escrúpulo de natureza moral, não tem nenhuma visão, é um arquiconservador, está destruindo a política brasileira, especialmente o campo progressista, mas é do campo da democracia. Isso faz diferença”, disse o pedetista durante sabatina do UOL.

Ou seja, além de desesperado… Ciro está se contradizendo.

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A dez dias das eleições, esta coluna reitera o que publicou nesta semana. Lula tem chances de ganhar no primeiro turno. Se Ciro for minimamente sábio, entenderá que, diante do quadro atual, valeria uma revisitação de sua própria história para evitar que ela fique manchada para sempre pela omissão em meio ao grave quadro de violência que nos cerca.

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