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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O grande acerto de Arthur Lira em meio a enorme erro de Lula

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2023, 15h07 - Publicado em 9 Maio 2023, 13h12

Não é segredo que as privatizações nunca estiveram na pauta de nenhum dos três governos de Lula. No entanto, a decisão de rever o processo ao qual foi submetida a Eletrobras pode ser um tiro no próprio pé e prejudicar os planos da sua própria gestão.

Em Londres para prestigiar a coroação do Rei Charles III, o presidente da República afirmou que ainda pretende entrar na Justiça contra a privatização da Eletrobras. O principal questionamento do governo é que o peso do seu voto nas decisões deveria ser correspondente com os 42% das ações que controla.

A declaração não foi bem recebida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que afirmou que o processo foi debatido no Congresso e que a capitalização foi benéfica para a empresa e para o país. Segundo ele, “essas questões de rever privatização preocupam. Você pode não propor mais nenhuma privatização, mas mudar um quadro que já está jogado e definido, e com muitos grupos, muitos países investindo, realmente causa ao Brasil uma preocupação muito forte”.

A crítica de Lira não poderia ser mais certeira. Se Lula optar por prosseguir com o processo na Advocacia Geral da União (AGU) para reverter a capitalização, poderá quebrar a cara.

Para estatizar a empresa novamente, como as declarações do presidente indicam, seria preciso rever todo o estatuto da Eletrobras e passar por uma votação em Assembleia Geral com os acionistas, na qual a decisão seria ou não aprovada.

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Como o cenário é improvável, o governo teria que atropelar a legislação e trilhar outros caminhos que não seriam bem vistos pelo mercado e por investidores estrangeiros justamente por não respeitar nem as próprias regras.

Mexer nesse processo pode causar o efeito reverso do esperado na economia. Além de afugentar investidores, causando insegurança e instabilidade, também prejudicaria os 300 mil brasileiros que alocaram o seu FGTS em ações da companhia.

O efeito cascata poderia ocasionar o aumento da cotação do dólar, levando a inflação para cima e prejudicando a luta do governo contra a alta taxa de juros do Banco Central.

O mais inteligente, neste caso, seria encerrar o assunto Eletrobras e prosseguir com pautas realmente importantes para o país neste momento.

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