Quando deu uma de suas entrevistas durante o feriado do Carnaval, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, de forma errática (mais uma vez), que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia chegaria “ao fim rapidamente”.
Hoje, nesta quinta-feira, 17, estamos no vigésimo primeiro dia da guerra, a Rússia foi atingida pelas mais pesadas sanções da história, mortos ucranianos crescem a cada dia e a repercussão está sendo em todo o planeta… inclusive no Brasil.
É simples, como dois e dois são quatro.
Quando um presidente subestima um evento dessa gravidade, ou a magnitude de uma pandemia (a mais violenta em cem anos), mostra a incapacidade de compreensão da realidade e a incompetência dos analistas dos quais se cerca.
Pessoas, consultores e até jornalistas podem errar previsões, mas, quando o governo de um país faz erros tão crassos de avaliação… acaba tomando decisões erradas também.
É o que testemunhamos no Brasil.
Bolsonaro não comprou as vacinas rapidamente, chamou a doença até de gripezinha, e a população brasileira sofreu barbaramente. Já são mais de 650 mil mortes – parte delas, sabemos agora, poderia ter sido evitada.
Neste momento o presidente erra mais uma vez – isso, em relação a um conflito cujas as consequências começam a pesar no bolso do brasileiro comum.
Bolsonaro disse que a guerra terminaria rápido quando afirmou também da tal “neutralidade”. Mostrou, na realidade, uma posição passiva em relação a Vladimir Putin.
Má avaliação dos cenários geram posicionamentos ruins – sejam sobre questões sanitárias, sejam sobre as humanitárias.