Lamentavelmente – porque se trata de um presidente da República – o país tem se acostumado a ver Lula errando em uma parte considerável dos seus discursos espontâneos.
Foi assim – em meio a essa pegada – que o petista afirmou, ao se referir à Venezuela, que o conceito de democracia era relativo (emoji com olhos para cima).
Em situação semelhante, disse que tem “profunda gratidão” ao continente africano “por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país”.
Um absurdo, como apontado pela coluna.
Lula, aliás, tem sido fraco naquilo que ele sempre foi forte. José de Alencar, vice-presidente nos seus dois primeiros mandatos contou a este escriba que nunca havia visto algo semelhante na vida.
Ao vê-lo discursar de forma despretensiosa em São Paulo – até porque essa foi uma em milhares na capital paulista – que decidiu aceitar o convite para compor a chapa com o esquerdista.
“Nunca vi nada igual”, avaliou.
Pois bem.
Nesta terça-feita, 25, em sua live semanal – o “Conversa com o Presidente” – Lula afirmou que o “Centrão não existe”. “Deixa eu te falar uma coisa: o Lula não conversa com o Centrão. Eu posso conversar com o PP, o União Brasil, os partidos que são da base, mas eu não posso conversar com o centrão”.
Tendo a discordar! O centrão existe sim e eles conversam.
Hoje, é a força política que ocupou aquele espaço que no passado era do “PMDB”. O Centrão manda em uma parte (também considerável) do país.
Ou o presidente entende que esse grupo trabalha unido e coeso por seus objetivos, ou pode acabar em uma armadilha ao se aliar a esse mesmo centrão para formar uma base mais sólida no Congresso.
Apenas um conselho.