Finalmente uma boa notícia para o governo Bolsonaro
Levantamento da CNI mostra aumento na demanda por infraestrutura, provocada pela volta da atividade que a imunização permite

Finalmente surgiu uma boa notícia para o governo de Jair Bolsonaro. Dados levantados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que serão divulgados em breve mostram aumento em cinco dos seis indicadores de demanda por infraestrutura no país no primeiro semestre deste ano quando comparados com o primeiro semestre do ano passado.
Segundo os dados aos quais a coluna teve acesso, houve avanço no consumo de energia elétrica, no acesso à internet, no transporte de cargas marítimas, no transporte ferroviário e no transporte rodoviário.
Em relação à energia elétrica, por exemplo, o consumo residencial aumentou 5%, enquanto o consumo industrial teve avanço de 14%. O consumo comercial teve alta de 4%. No caso do transporte rodoviário, a maior alta, de 32%, foi registrada no setor de carga paga e correios. O tráfego de automóveis em rodovias pedagiadas subiu 29% e o tráfego de caminhões avançou 14% ante o mesmo período do ano anterior.
A única queda registrada foi no transporte aéreo de passageiros, que registrou recuo de 13% nos seis primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2020.
Embora a notícia seja boa para o governo, o resultado não é consequência do trabalho da equipe de Bolsonaro. O aumento na demanda, segundo a CNI, aconteceu por causa da vacinação contra a Covid, que tem reduzido o número de casos e mortes e, consequentemente, tem motivado os brasileiros a retomarem suas atividades aos poucos.
Se a vacina é a responsável pela boa notícia, fica claro que poderíamos estar muito melhores se o governo não tivesse atrasado tanto a compra dos imunizantes. A recuperação econômica tem mais a ver com a confiança da população na proteção contra o vírus do que com o trabalho do atual governo.
Notícias como essa dão fôlego e renovam a esperança de que, em breve, a retomada acontecerá definitivamente e o país poderá, finalmente, deixar os prejuízos da pandemia para trás.