Mal acabou o dramático caso do ônibus sequestrado na rodoviária do Rio de Janeiro e a extrema-direita brasileira já planeja usar politicamente o caso contra o governo Lula.
A ideia que já surge nos bastidores do bolsonarismo é a de somar as imagens do dia de hoje – do sequestrador que manteve 17 passageiros reféns em um ônibus em solo carioca – com a da primeira fuga de detentos na história dos presídios federais brasileiros, que aconteceu em Mossoró, também neste ano.
Não preocupa o fato de o governador do estado, Cláudio Castro, ser aliado de Jair Bolsonaro. A ideia é a de tentar grudar o agravamento de casos de violências na imagem do governo federal e na de Lula.
Basicamente, os dois casos – o do Rio e o de Mossoró – serão usados para mostrar à população brasileira que o país piorou após a vitória de Lula em 2022, e o retorno do PT ao poder.
Ainda que isso seja explorado apenas – e por enquanto – na questão da segurança pública, o objetivo é o de, com isso, “unir o eleitorado de direita” no Brasil.
Não se descarta inclusive em bater na tecla também de que o país está sendo envergonhado no exterior após Lula se tornar o primeiro presidente persona non grata para Israel.
Mesmo com o fiasco da política externa de Bolsonaro – transformando o Brasil em um pária internacional – a ideia é a de fazer a imagem do quinto governo petista sangrar.