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Como o governo Bolsonaro usou Flávio e Eduardo para acalmar Milton Ribeiro

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jun 2022, 13h05 - Publicado em 23 jun 2022, 13h03
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  • Enquanto Jair Bolsonaro se afastou ao máximo de Milton Ribeiro, dizendo que “se [ele] for culpado vai pagar”, e que “não compactua com nada disso”, os filhos do presidente da República, Flávio e Eduardo Bolsonaro, mandaram sinalizações para acalmar o ex-ministro da Educação, preso pela Polícia Federal nesta quarta, 22 (o encarceramento foi revogado pela Justiça nesta quinta, 23).

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    Segundo a coluna apurou, essa foi a estratégia política do governo para não só tranquilizar o pastor evangélico e seus familiares –  mas também dar uma resposta à opinião pública – após a operação policial que pegou a família Bolsonaro de surpresa e que colocou um caso de corrupção muito próximo do Palácio do Planalto.

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    O senador Flávio Bolsonaro disse:

    “Então o governo está muito tranquilo. Esperamos que as investigações aconteçam de uma forma isenta e que o ex-ministro Milton possa prestar os esclarecimentos, porque o que todos nós sabemos até agora é que foi o próprio ex-ministro que denunciou à CGU que havia a suspeita de que algo errado poderia estar acontecendo em seu ministério”.

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    Depois, completou:

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    “Foi o próprio ex-ministro que, em seu primeiro depoimento, colocou no papel que o presidente Bolsonaro não tem absolutamente nada a ver com as suspeitas que estão recaindo sobre ele nesse momento. Então, estamos bastante tranquilos e pedidos que a justiça seja feita”.

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    Bem mais ameno que o do presidente, o tom foi ainda para tentar mostrar que Milton Ribeiro e os outros pastores envolvidos no escândalo que eles serão defendidos, a depender do que dirão à Justiça – já que o caso respinga no presidente (Entenda aqui).

    O deputado Eduardo Bolsonaro seguiu a mesma linha:

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    “O ministro Milton está sendo investigado, foi preso preventivamente Ainda tem um processo que vai correr onde ele vai ter a chance de se defender”.

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    Acrescentou que Milton Ribeiro ainda tem como provar a inocência e desacreditou a Justiça:

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    “O juiz que mandou prender o ex-ministro Milton Ribeiro é o mesmo que quis obrigar o presidente Jair Bolsonaro a usar máscara.”

    Outro que deu sinalizações para Milton Ribeiro foi o vice-presidente Hamilton Mourão: “Eu tomei conhecimento agora. O Milton é uma excelente pessoa e julgo que a verdade sobre ele irá triunfar”.

    Neste caso, interlocutores do governo afirmaram que se trata mais da proximidade do general com o pastor, do que propriamente uma participação na estratégia do governo, já que Mourão e Bolsonaro estão afastados.

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    Mas a estratégia do governo está posta. É aguardar os depoimentos de Ribeiro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, também alvos da investigação da PF sobre corrupção e trafico de influência no MEC. Agora que eles serão soltos por ordem da Justiça, a temperatura pode baixar.

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