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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Por que briga em torno de Arthur Lira virou o Big Brother Brasil do poder

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 mar 2024, 19h57 - Publicado em 5 mar 2024, 16h32

A disputa cheia de intrigas pela sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara ainda está bem distante – a eleição interna da Casa acontecerá no dia 1º de Fevereiro de 2025 -, mas já tem um quê de Big Brother Brasil.

Eleito com 464 votos dos 513 deputados no mesmo 1º de Fevereiro (mas, em 2023), Lira é o parlamentar recordista de votos na história pela presidência da Câmara. Até por isso – e por conseguir mais poder do que nunca com as emendas do orçamento -, o deputado é extremamente controlador.

Lira pensa agora em usar a Casa para voos mais altos, seja como ministro de Lula, seja como candidato a senador por Alagoas, desbancando ninguém mais, ninguém menos que Renan Calheiros. Isso, após ocupar obviamente o ministério do governo petista.

Daí, sua tentativa de se ser onipresente nos assuntos do governo após ter seu discurso recheado de críticas ao governo Lula na abertura dos trabalhos do Legislativo neste ano.

Era só cena para novos arranjos políticos.

Mais uma queda de braço vencida por Lira

Nesta terça, 5, por exemplo, Arthur Lira se reuniu com líderes do Congresso e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do setor de eventos na economia brasileira.

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Enquanto o petista foi ao encontro munido de dados para provar que o segmento teve muito mais subsídios do Estado do que outros setores, Lira quer a continuidade do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, o Perse, criado após a pandemia de Covid-19.

E o que ficou decidido?

O governo cedeu, o projeto será redesenhado com um novo modelo, não acabando de um só vez – como defendia a equipe econômica de Lula. Lira venceu mais uma queda de braço, mas o que ele quer mesmo não está tão certo assim.

O líder do União Brasil vai para o paredão?

Nesse Big Brother pelo poder em Brasília, o presidente da Câmara quer mesmo o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, como sucessor no comando da Casa, como bem mostrou VEJA nesta semana.

Esse é o ponto chave dos desejos de Lira, outrora tão ligado a Jair Bolsonaro.

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“O presidente Lula disse que estará junto desse projeto de acompanhar para que eu tenha o direito de fazer o meu sucessor, e o PT não pensará diferente, porque não tem motivos”, disse, antes de Lula fazer acenos contundentes ao presidente do Republicanos, Marcos Pereira, que também está na lista de favoritos do próprio Lira – apesar de não no topo, como Elmar.

Marcos Pereira é aquele que, também como mostrou VEJA, foi o convidado especial de Lula na cerimônia em homenagem ao Porto de Santos, com assento especial no avião presidencial, na cabine do helicóptero e na primeira fila de autoridades do evento.

O presidente da República ainda foi especialmente cortês com Marcos Pereira em seu discurso, aproveitando para alfinetar justamente Arthur Lira. “Queria cumprimentar o companheiro Marcos Pereira, que está no exercício da Câmara, porque o [presidente] Lira não veio aqui”.

Tudo isso, queridos leitores, são sinalizações. Sinalizações que geram leituras sobre o resultado final da disputa lá na frente, em 2024, quando será escolhido o novo presidente da Câmara e, por consequência, a pauta de votações dos próximos dois anos no legislativo.

Nisso, todos querem mandar: Lira, Lula, Marcos Pereira, Elmar Nascimento e o líder do PSD na Casa, Antonio Brito, outro nome da disputa do Big Brother político que consumirá muitos sacos de pipoca no próximo ano. Especialmente, na frente das TVs de Brasília.

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