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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Até Bolsonaro parece achar que Lula se saiu melhor no Jornal Nacional

Sequência de tuítes mostra rancor do presidente

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 set 2022, 10h12 - Publicado em 26 ago 2022, 18h01

O presidente Jair Bolsonaro e sua equipe ainda estão tentando digerir a sabatina de Lula no Jornal Nacional nesta quinta, 25. Em uma sequência de quatro tuítes publicados em seu perfil nesta sexta, 26, o presidente mostra rancor com a Globo, volta aos temas morais para atrair os religiosos e, como sempre, aproveita a oportunidade para atacar a imprensa.

Para seus seguidores, os tuítes de Bolsonaro devem ter sido vistos como o desabafo de um presidente injustiçado. As palavras, no entanto, se parecem mais com um discurso de derrota.

“Ninguém deveria estar surpreso. Na verdade, compreendo perfeitamente a Globo tratar melhor aqueles que estão dispostos a pagar mais. Eles são a esperança de dias melhores para a emissora. Nada mais coerente do que pegar mais leve. Estranho seria comigo, que fechei”, escreveu ele na primeira mensagem, insinuando que a Globo pegou mais leve com Lula por causa de dinheiro.

“Apesar disso, sua liberdade foi preservada. Hoje a emissora pode até continuar promovendo perversidades como o aborto, as drogas, a ideologia de gênero, a inversão de valores e a destruição da família se assim desejar, só que não mais sustentada com rios de dinheiro público”, afirmou o presidente, voltando à pauta de costumes que ele gosta de usar para se sobressair entre os cristãos.

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“A garantia que a Globo e a imprensa de forma geral sempre terá comigo é de jamais defender o seu controle, como pretende o outro lado. Para quem ama e defende a liberdade, isso não tem preço. Mas hoje, infelizmente, muitos são capazes de entrega-la por algumas moedas de prata”, escreveu, atacando Lula, mas esquecendo que o ex-presidente se comprometeu com a liberdade de imprensa no Jornal Nacional.

“Talvez se tivéssemos dado o que queriam, as boas notícias não seriam acompanhadas por um ‘mas’ e sobrariam aplausos ao meu governo. Mas escolhemos investir no Brasil e não em elogios. Por isso o desemprego cai, a economia cresce, a violência diminui, mas a gritaria continua”, encerrou o presidente, que mantém este colunista bloqueado no twitter.

O rancor é evidente. O reconhecimento de que Lula se saiu melhor, também. Só faltou o presidente admitir e escrever: “assim me despeço da campanha presidencial”.

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O tratamento entre Bolsonaro e Lula foi diferente porque a postura dos dois foi diferente.

Um presidente que não respeita a instituição Presidência da República merece ser tratado com ironia, como fez William Bonner. Ao contrário do que aconteceu em 2018, dessa vez Bolsonaro não conseguiu gerar memes para fazer gracinhas em suas redes sociais (é duro perder o posto de “mito”). Os entrevistadores fizeram quase todas as perguntas certas e revelaram como o presidente é despreparado para o cargo que ocupa.

Em mais uma demonstração de como o mandatário foi atingido pelo bom desempenho de Lula na sabatina, o presidente disse nesta sexta, 26, que “não tem filé mignon para todo mundo” ao criticar a promessa de Lula de que, se ele eleito, a população voltará a comer picanha e tomar cerveja.

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O discurso de Bolsonaro no Twitter só deixa claro que ele sentiu a derrota numa semana decisiva para as eleições.

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