A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o porte de armas no Distrito Federal entre as 18h desta quarta, 28, e o dia 2 de janeiro foi mais um acerto na luta contra o terrorismo e o extremismo de seguidores do presidente Jair Bolsonaro.
Como a coluna alertou, o Brasil está em risco. A prisão de George Washington, a bomba desarmada e a apreensão de um verdadeiro arsenal mostraram que estamos lidando com terroristas dispostos a tudo para atrapalhar a posse de Lula no próximo domingo.
A decisão de Alexandre de Moraes é certeira porque mantém os agentes de segurança armados e suspende o porte apenas de caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs.
Em agosto deste ano, o número de armas nas mãos dos CACs atingiu a marca de 1 milhão. Desde o início do mandato de Bolsonaro, que é armamentista, aumentou exponencialmente o número de brasileiros com porte de revólveres, metralhadoras e escopetas.
Segundo dados do Exército obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação pelos institutos Igarapé e Sou da Paz, o número de armas nas mãos dos CACs quase triplicou no período de dezembro de 2018 a julho de 2022, passando de 350,6 mil para 1 milhão.
O fácil acesso às armas tem representado um grande perigo desde a derrota de Bolsonaro nas eleições. As manifestações em frente ao quarteis, que os bolsonaristas afirmam que são “pacíficas”, se tornaram um verdadeiro reduto de extremistas dispostos a qualquer coisa para impedir a posse de Lula.
Moraes acerta mais uma vez ao agir para tentar sufocar o movimento violento que vem ganhando força com o silêncio de Bolsonaro. O presidente permanece escondido e não condenou sequer o terrorista George Washington, que estava disposto a explodir bombas para instalar o caos em Brasília.
Enquanto bolsonaristas afirmam que estão sendo cerceados de sua liberdade, Moraes mostra que a Justiça precisa ser efetiva para evitar tragédias. Desde que os policiais encontraram a bomba prestes a ser usada, esses manifestantes se tornaram inimigos da democracia. Ainda bem que Moraes está disposto, mais uma vez, a mostrar que as leis existem e serão cumpridas para que o novo presidente chegue ao poder.