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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A tentativa de Deltan Dallagnol de reacender o antipetismo (vídeo)

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 12h26 - Publicado em 28 jun 2022, 14h45

“Por mais que eu não goste de muitas atitudes do atual governo, simplesmente não há nada pior e mais ameaçador para o futuro do Brasil do que o PT e o Lula voltarem para a cena do crime“.

A frase é do o ex-procurador Deltan Dallagnol, dita em suas redes sociais nesta segunda, 27, para dar uma resposta à seguinte pergunta de um seguidor: quem você apoiará em um eventual segundo turno?

Foi o antipetismo o principal cabo eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018. Isso é inegável.

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E é o reacendendo que a direita brasileira tentará reeleger um extremista ao cargo máximo do país, sem pestanejar sobre o que está acontecendo hoje do Oiapoque ao Chuí.

A lista é grande.

Intervenção ideológica em políticas de Estado, assassinato de servidores públicos exemplares, apologia à tortura, colapso da política ambiental, ataques aos outros poderes.

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Bora que tem mais.

Esquartejamento de jornalistas estrangeiros, destruição dos órgãos de controle, negacionismo da ciência, colapso sanitário na pandemia, inflação alta, ataque à autonomia da Petrobras.

Narcotráfico, garimpo ilegal, grilagem, desmatamento em alta… tudo na nossa Amazônia.

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Talvez o ex-procurador tenha esquecido, mas tiveram casos emblemáticos, como a intervenção política na Polícia Federal. Ou Deltan Dallagnol não acredita em Sérgio Moro?

O ex-procurador esqueceu também o desrespeito à lista tríplice do Ministério Público? Ou como o atual governo ajudou a enterrar as 10 medidas contra a corrupção, bandeira que liderou?

Não por acaso, entidades afirmam que o Brasil é o país que mais caiu em um ranking latino-americano que mede a capacidade de cada nação de combater a corrupção. Mas isso não importa para Deltan.

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Talvez o ex-procurador não tenha visto, por exemplo, o escândalo com suspeitas de desvios de dinheiro público e tráfico de influência no Ministério da Educação, envolvendo inclusive pastores da fé que tanto professa.

Enquanto Moro estava no páreo, Deltan Dallagnol manteve em alta as críticas a atual (e calamitosa) administração. Agora candidato a deputado sem o padrinho político, o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba renovou os votos a Jair Bolsonaro.

Ocorre que, como o investigador que levou Lula à cadeia, isso tem um peso que precisa ser registrado para as futuras gerações (o ex-presidente, como se sabe, conseguiu anular as sentenças e mostrar até abuso da operação, como mostrou o próprio Supremo Tribunal Federal).

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Como político e não mais como procurador, tem o direito de pensar e falar o que entende ser “o pior” para o país. Entretanto, está, agora, de forma diferente sob escrutínio público.

O que Deltan Dallagnol fez foi: olhando firme para a câmera, sem titubear, apoiar desde já Bolsonaro. Até porque, como se sabe, o segundo turno já começou no Brasil. E há muito tempo.

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