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A inoportuna festa-surpresa de Bolsonaro

No dia da liberdade de imprensa, presidente homenageia empresa que mais deu trabalho para a Justiça no combate às fake news

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jun 2022, 10h08 - Publicado em 7 jun 2022, 15h17
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  • No dia da liberdade de imprensa, Jair Bolsonaro acabou por fazer uma “festa-surpresa” para o Telegram, rede social que mais cria problema para a fiscalização das fake news no Brasil.

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    “Ótima conversa sobre a sagrada liberdade de expressão, democracia e cumprimento da Constituição”, afirmou o presidente após o encontro com o vice-presidente do Telegram, Ilya Perekopsky, e o advogado do aplicativo de mensagens no Brasil, Alan Thomaz.

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    A reunião não constava da agenda do Palácio do Planalto, mas acabou tornada pública pelo próprio Bolsonaro, que informou a população por suas redes sociais, homenageando a rede social citando o “dia da liberdade de imprensa” (foto abaixo).

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    A “festa-surpresa” — (Twitter/Reprodução)

    Canal preferencial de bolsonaristas para repassar informações, o Telegram foi o último aplicativo de troca de mensagens a formalizar um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para evitar a propagação de fake news.

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    A rede social também foi a primeira a ser bloqueada no Brasil por causa de falta de satisfações à Justiça – no caso, ao ministro Alexandre de Moraes, que preside o inquérito das fake news e é alvo de ataques constantes de Bolsonaro.

    Como informou VEJA, o aplicativo de mensagens está presente em 53% dos smartphones e permite a criação de grupos com 200.000 pessoas, tornando-se, neste ano, fonte primordial de preocupação para a Justiça Eleitoral.

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    A decisão de bloquear o Telegram, derrubada depois pelo próprio Alexandre de Moraes, tinha relação ainda com a atitude da empresa de não impedir as atividades do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, youtuber conhecido por espalhar fake news e afrontar a Justiça.

    Na decisão, o magistrado do Supremo Tribunal Federal atendeu a um pedido da Polícia Federal,  que chegou a afirmar que “o aplicativo Telegram é notoriamente conhecido por sua postura de não cooperar com autoridades judiciais e policiais de diversos países”.

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    O aplicativo foi obrigado a apagar uma publicação do presidente após o mandatário divulgar documentos sigilosos sobre o andamento de, vejam vocês, investigações da PF.

    No dia em que o país comemora a liberdade de imprensa, Bolsonaro aproveita para, fora da agenda, se reunir com a empresa que mais deu trabalho para a Justiça brasileira no que diz respeito ao combate às fake news… e até homenageá-la.

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    É uma festa-surpresa, às avessas.

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