Houve várias boas notícias na economia no primeiro ano do terceiro governo Lula. Mas a melhor de todas apareceu nesta quinta-feira, 11, entregue pelo IBGE: o IPCA de 2023 ficou dentro da meta depois de dois anos de estouro.
Entrar no ano em que o Real completa 30 anos com a inflação na meta é uma vitória simbólica importante. Mas o mais relevante é que a queda da inflação aumenta a satisfação econômica das famílias, já que há mais renda disponível.
Do ponto de vista político é uma espécie de indicador síntese. Se tudo estivesse melhorando, mas a inflação estivesse subindo, o clima estaria muito pressionado.
Quando o índice estoura a meta, pelas regras do sistema de metas, o presidente do Banco Central tem que escrever uma carta se explicando.
Roberto Campos Neto teve que fazer isso em 2021 e 2022, mas não precisará fazê-lo agora. É um alívio também para o BC.
É uma vitória sobre o mercado porque todos os bancos e consultorias apostaram, durante a maior parte do ano, que a inflação estouraria a meta, e ela ficou em 4,62% (o teto da meta é 4,75%).
Por fim, a inflação na meta permite ao BC continuar derrubando a taxa de juros. Os endividados e o consumo agradecem.
E é sempre bom olhar para o lado. Nosso encrencado vizinho, a Argentina, fechou 2023 com a inflação do ano em 211%. E subindo…