O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, respondeu todas as perguntas que foram feitas pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 22. O cacique adotou uma estratégia contrária à de Jair Bolsonaro, que ficou em silêncio durante o depoimento.

A defesa de Valdemar confirmou que ele respondeu a todos os questionamentos, mas evitou comentar as investigações. O advogado de Bolsonaro, Paulo Costa Bueno, afirmou que o ex-presidente ficou em silêncio porque sua defesa não teve acesso à íntegra dos autos do processo.

“(Trata-se da) quebra de sigilo de dados telemáticos de telefones celulares e computadores. Hoje, o presidente, nas decisões que foram exaradas e que deflagraram a operação, você verifica o conteúdo a extração de excertos de conversas que não se tem acesso à integralidade. Fica impossível você ter contexto de como foram feitas essas conversas que embasam completamente a decisão do ministro Alexandre de Moraes”, declarou Bueno a jornalistas em frente à sede da PF, em Brasília.

Além de Valdemar e Bolsonaro, outros investigados por envolvimento na trama golpista prestaram depoimentos simultâneos na tarde de hoje. Um deles é o ex-ministro Anderson Torres: seu advogado confirmou que ele deve responder a todas as perguntas. Filipe Martins, ex-assessor de assuntos internacionais e suspeito de ser o autor da minuta do golpe, também deve responder aos questionamentos.

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