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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Seguirei caminhos coerentes com minha trajetória’, diz Marta em demissão

Em carta ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ex-prefeita, que será vice de Boulos, diz que ‘cenário político da cidade prenuncia uma nova conjuntura’

Por Isabella Alonso Panho, Adriana Ferraz Atualizado em 9 jan 2024, 19h57 - Publicado em 9 jan 2024, 19h41

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy pediu demissão nesta terça-feira, 9, ao prefeito Ricardo Nunes (MDB). Os dois fizeram uma reunião de urgência depois de a secretária aceitar ser vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à prefeitura da capital paulista e principal rival do emedebista no pleito.

Na carta que encaminhou a Nunes, a ex-prefeita diz que a realidade política atual é diferente de quando chegou ao cargo municipal na atual gestão. “O cenário político de nossa cidade prenuncia uma nova conjuntura, diferente daquela que, em janeiro de 2021, tive a honra de ser convidada por Bruno Covas para assumir a Secretaria de Relações Internacionais”, disse.

“Como em outras passagens da minha vida pública, seguirei caminhos coerentes com minha trajetória, princípios e valores que nortearam toda a minha vida pública e que proporcionaram construir o legado que me trouxe até aqui”, completou. No texto, ela diz que a demissão foi de “comum acordo” com o atual prefeito.

A decisão foi tomada um dia após Marta ter aceitado a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião no Palácio do Planalto, para que fosse vice de Boulos na eleição municipal. A divulgação do encontro irritou Nunes, que ficou sabendo pela imprensa do convite para integrar a chapa adversária. Apesar de não compor o núcleo duro do governo, a ex-prefeita sempre gozou de prestígio com Nunes, que a recebeu no MDB em 2015 e a apoiou em sua tentativa frustrada de retornar à prefeitura no ano seguinte.

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Caminhos opostos

No cargo desde o início da atual gestão — a convite do então prefeito, Bruno Covas (PSDB), que morreu em maio de 2021 –, Marta se posicionou de forma contrária a Nunes nas eleições de 2022. Enquanto o atual prefeito apoiou o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo do estado, Marta defendeu e fez campanha para o também ex-prefeito Fernando Haddad. Do mesmo modo, pediu votos para Lula, enquanto Nunes, apesar de não declarar em público sua posição, deu a entender que preferia a reeleição de Jair Bolsonaro.

O eventual apoio de Bolsonaro à tentativa de reeleição de Nunes, aliás, é o principal argumento de Marta para deixar o governo e compor a chapa adversária. Assim como em 2022, Marta tem afirmado a interlocutores que estará mais uma vez ao lado de Lula nas eleições. Pela lógica, estará também ao lado de Boulos. O parlamentar, assim como o PSOL, não se manifestaram ainda sobre a escolha do PT.

Reunião com Lula

O embarque de Marta na campanha de Boulos foi sacramentado em reunião com Lula intermediada pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP), ex-presidente nacional do partido e um dos cardeais da legenda em São Paulo.

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Apesar de decidir pela primeira vez não lançar candidatura própria, a disputa na capital paulista é prioridade para o PT e para Lula, que, em 2022, superou o então presidente Jair Bolsonaro na cidade e vê em Boulos chances reais de vencer o pleito. Marta seria uma escolha pessoal do presidente pela experiência e também pelo prestígio de que ela ainda goza entre a população, especialmente os moradores da periferia.

Marta voltará ao PT após uma janela de quase nove anos. A saída, bastante turbulenta, se deu em 2015, quando a então senadora votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. De lá para cá, integrou os quadros do MDB e do Solidariedade.

 

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