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São Paulo: os nichos do eleitorado que sustentam Covas e Boulos

Na reta final, candidato do PSOL avança entre jovens, negros e pobres, enquanto tucano se apoia em mais escolarizados, mais velhos e quem tem salário médio

Por Da Redação Atualizado em 24 nov 2020, 13h47 - Publicado em 24 nov 2020, 13h31
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  • Na reta final da eleição na cidade de São Paulo, caiu a diferença entre o prefeito Bruno Covas (PSDB), que lidera a corrida pela prefeitura, e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. O primeiro tem 55% dos votos válidos e o segundo, 45%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira, 24 – há uma semana, a diferença era de 16 pontos percentuais. Embora a disputa tenha ficado mais apertada no geral, os dois candidatos ostentam amplas vantagens em determinados setores do eleitorado, que sustentam as suas posições nesta última semana antes da votação.

    Covas, por exemplo, lidera com folga entre os eleitores que têm mais de 60 anos de idade – tem 73% contra 27% –, enquanto Boulos domina no extremo oposto do eleitorado (16 a 24 anos), onde consegue 65% contra 35% do tucano. Essa faixa etária, aliás, sustentou boa parte do crescimento do candidato do PSOL, já que na semana passada o placar era 59% a 41% (ou seja, Boulos tirou seis pontos do adversário nesse período).

     

     

    Boulos também avançou na segunda faixa mais jovem, de 25 a 34 anos, onde tem 56% a 44% (era 53% contra 47% há uma semana). Já o tucano, em relação à pesquisa anterior, manteve a disputa a seu favor, em 58% a 42%, entre os eleitores que têm de 45 a 59 anos de idade.

     

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    Um temor na reta final para o tucano é a questão da abstenção, já que, teoricamente, o eleitorado mais jovem é mais fácil de mobilizar. No primeiro turno, houve uma abstenção recorde de 29% – segundo o Datafolha, entre os que não foram votar, 28% alegaram problemas de saúde ou medo da pandemia da Covid-19.

    Renda

    Na divisão por faixa de renda, Boulos diminuiu a desvantagem entre os que ganham menos (até cinco salários mínimos) e conseguiu um empate técnico no limite da margem de erro (o tucano tem 53%; ele, 47%), mas Covas mantém ainda uma boa distância entre os eleitores que ganham acima disso: o prefeito tem 56% a 44% entre os que recebem mais de dez salários mínimos (mesmo percentual da pesquisa anterior) e 62% a 38% entre os que ganham entre cinco e dez salários mínimos (era 55% a 45%).

    Outra diferença grande entre eles se dá quando se leva em conta o status profissional do eleitor. Entre os aposentados, por exemplo, Covas tem 74% contra 26%. Exatamente os mesmos percentuais, mas invertidos, a favor do candidato do PSOL, são registrados quando o eleitor é servidor público – uma das promessas de Boulos é fazer concursos para aumentar o funcionalismo.

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    Raça

    Entre os que se autoclassificam como pretos, a diferença a favor de Boulos aumentou dez pontos desde a última pesquisa: ele tem 58% a 42% agora – há uma semana, ele estava numericamente à frente, mas empatado no limite da margem de erro com o tucano, com 53% a 47%.

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