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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Russomanno descumpre promessa e volta a tropeçar nas próprias falas

Após criar problemas para si próprio em 2012 e 2016, candidato diz que frequentadores da Cracolândia não pegam Covid-19 ‘porque não têm como tomar banho‘

Por Da Redação 13 out 2020, 20h41

Celso Russomanno prometeu que a eleição deste ano seria diferente de 2012 e 2016, quando, após largar disparado na frente nas pesquisas eleitorais, viu a sua campanha a prefeito de São Paulo naufragar, em grande parte por culpa dele mesmo.

Depois de ter construído essa fama de “cavalo paraguaio”, o candidato do Republicanos decidiu que iria reduzir as aparições e falar pouco, para não falar bobagens, como em setembro de 2012, quando liderava a disputa com 35% das intenções de voto e resolveu anunciar que criaria a tarifa proporcional de ônibus: quem viajasse uma distância maior pagaria mais – a proposta, claro, punia quem morava na periferia e, a partir dela, o candidato entrou na descendente e nem chegou ao segundo turno.

“Eu continuo sendo o mesmo Celso, só que agora mais maduro, experiente, preparado”, disse no vídeo de lançamento de sua campanha, que tem o slogan “Agora é a nossa vez”, uma tentativa de passar ao eleitor a mensagem de que, agora, ele não vai ficar pelo caminho.

Mas a promessa durou pouco. Nesta terça-feira, 13, durante um encontro na Associação Comercial de São Paulo, o candidato tropeçou de novo nas palavras e disse que os moradores de rua e usuários de drogas da Cracolândia, na região central de São Paulo, não pegavam Covid-19 por serem “mais resistentes do que a gente” e “porque convivem o tempo todo nas ruas, não têm como tomar banho”. Não há nenhuma evidência científica conhecida de que tomar banho aumenta a possibilidade de contrair a doença ou que morar na rua deixa a pessoa mais resistente à doença.

“Todo mundo esperava que a Covid tomasse conta de todo mundo, até porque eles (moradores de rua e usuários de drogas) não têm o afastamento que foi pré-estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Mas eles estão aí, nós temos casos pontuais e não uma quantidade imensa de moradores de rua com problema de Covid. Talvez eles sejam mais resistentes do que a gente, porque eles convivem o tempo todo nas ruas, não têm como tomar banho todos os dias, etc e tal”, disse aos empresários.

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Ou seja, mesmo com toda estratégia de ficar calado, Russomanno consegue se comprometer nas raras aparições que faz, o que motiva a turma que está no pelotão de baixo das pesquisas eleitorais a apostarem numa queda do candidato para chegarem ao segundo turno contra o atual prefeito Bruno Covas (PSDB), que está empatado tecnicamente com o candidato do Republicanos.

Ou seja, eles acreditam que Russomanno, como ocorre com o jogador de futebol que faz três gols na mesma partida, vai pedir música no Fantástico.

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