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Relator rejeita cassação de Daniel Silveira e propõe suspensão do mandato

Para Fernando Rodolfo (PL-PE), não houve grave irregularidade que comprometesse a 'dignidade de representação popular'; afastamento proposto é de seis meses

Por Juliana Castro Atualizado em 9 jun 2021, 13h20 - Publicado em 9 jun 2021, 13h13
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  • Relator do caso de Daniel Silveira (PSL-RJ) no Conselho de Ética da Câmara, o deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE) pediu nesta quarta-feira, 9, o afastamento do parlamentar por seis meses do mandato. Para ele, houve conduta atentatória ao decoro parlamentar. A medida desagradou a oposição, que quer a cassação de Silveira. O relator sugeriu vistas coletivas por 48 horas, e o documento deve ser votado pelos 21 membros do Conselho de Ética ainda esta semana.

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    Sem ser punido com cassação, o caminho fica livre para Silveira tentar costurar uma candidatura ao Senado em 2022, como ele quer, segundo governistas dizem nos bastidores.

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    “Não obstante, as provas dos autos apontam reprovável excesso de linguagem e postura incompatível com alguns princípios éticos e regras básicas que orientam a conduta parlamentar, o que caracteriza ato atentatório ao decoro parlamentar”, escreveu o relator ao defender a suspensão do mandato por seis meses. Essa foi uma solução intermediária entre nada fazer e entre pedir a cassação.

    Antes, no documento lido no Conselho de Ética, o relator argumenta os motivos pelos quais não viu razão para o pedido de perda de mandato. “O acervo fático probatório dos autos não evidencia ter o representado cometido grave irregularidade no desempenho do mandato que viesse a comprometer, de alguma forma, a dignidade de representação popular”, argumentou.

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    Entenda o caso

    Em fevereiro deste ano, Daniel Silveira divulgou um vídeo com apologia ao AI-5, o ato institucional mais severo da ditadura militar, no qual defende, entre outros pontos, a destituição de magistrados do STF. O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão em flagrante do parlamentar, decisão que foi referendada pelo plenário da Suprema Corte e mantida pelo Plenário da Câmara.

    Em março, o ministro concedeu a prisão domiciliar ao deputado e determinou medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, além das proibições de receber visitas sem autorização judicial,  de acessar internet e de se manifestar nas redes sociais. No dia 12 de maio, Moraes manteve a prisão domiciliar do deputado.

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    Em abril, numa decisão unânime do STF, o parlamentar virou réu depois que a Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia contra ele no âmbito das investigações que apuram a prática e o financiamento dos atos antidemocráticos. Silveira ainda pode exercer o mandato parlamentar de casa, participando das sessões virtuais (o que ele tem feito).

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