Quem são os eleitores mais propensos a mudar o voto até outubro
Segundo levantamento do Datafolha, maioria é mulher, jovem e de classe média alta
Um em cada três eleitores que hoje apontam algum candidato a presidente como preferido podem mudar o seu voto se alguma coisa acontecer — segundo pesquisa Datafolha feita em março, 32% dos consultados admitem essa possibilidade.
Dentro dessa parcela de eleitores que podem abandonar os seus escolhidos, há alguns nichos onde a possibilidade de infidelidade é maior. Entre os jovens de 16 a 24 anos, essa taxa chega a 50%. Na sequência, aparecem os entrevistados que possuem curso superior (39%), as mulheres (36%), quem tem ensino médio (36%) e quem está na faixa de 25 a 34 anos (36%).
Na Região Sudeste, que concentra quase metade do eleitorado e onde os líderes das pesquisas enfrentam mais dificuldades, 35% admitem que podem mudar sua opção, como mostrou reportagem de VEJA desta semana.
Na visão do cientista político Carlos Pereira, professor da FGV, o perfil, no entanto, representa poucas chances de mudança de cenário para o presidente Jair Bolsonaro (PL), atual segundo colocado nas pesquisas. “É uma notícia ruim para Bolsonaro, porque esse eleitor tende a migrar para qualquer candidato que não seja ele. Não é um perfil conservador”, analisa.