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PF quer ouvir novamente aliado de Bolsonaro sobre dinheiro da JBS

Senador Ciro Nogueira, presidente do PP, é investigado no STF por supostamente vender apoio do partido à candidatura de Dilma Rousseff em 2014

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 Maio 2021, 14h37 - Publicado em 18 Maio 2021, 14h28
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  • A Polícia Federal quer ouvir novamente o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP e um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro, no âmbito de um inquérito que investiga se ele e o partido receberam dinheiro da JBS em troca de apoio à candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na eleição de 2014. A apuração também recai sobre o suposto recebimento de dinheiro do frigorífico pelo senador para adiar uma reunião em que o PP definiria o desembarque do governo Dilma, às vésperas do impeachment, em 2016. Nogueira integra a tropa de choque bolsonarista na CPI da Pandemia, no Senado.

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    Ao pedir à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), mais 30 dias de prazo para a conclusão do inquérito, o delegado federal Rodrigo Borges Correia afirma que será necessária uma nova oitiva de Ciro Nogueira diante de novos depoimentos prestados pelos delatores Joesley Batista, ex-presidente do frigorífico, e Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais da empresa.

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    Conforme o relatório parcial apresentado pelo delegado à ministra, os depoimentos de Joesley e Saud “restaram corroborados por provas autônomas”. Entre os elementos está um procedimento administrativo fiscal da Receita Federal que apontou o recebimento de 5 milhões de reais em espécie por Ciro Nogueira, a pedido da JBS, por intermédio de um supermercado de Teresina. O dono do supermercado admitiu à PF ter feito repasses ao senador por meio do irmão dele, Gustavo Nogueira, no segundo semestre de 2014, a mando de Joesley.

    “Diante das novas informações prestadas pelos colaboradores, entendo que se torna necessária uma nova oitiva do Senador Ciro Nogueira, para que ele possa ter o direito de se defender, antes da apresentação do Relatório Final desta investigação”, afirma o delegado ao STF. Segundo Correia, a PF ainda precisa analisar parte do material apreendido durante mandados de busca e apreensão no inquérito.

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    A investigação em curso no Supremo também apura 40 milhões de reais em doações eleitorais da JBS ao PP em 2014, declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral, e se Ciro Nogueira recebeu 500.000 reais, de 8 milhões de reais prometidos por Joesley, para adiar a reunião que bateria o martelo sobre a saída do PP do governo Dilma, em março de 2016.

    O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador, afirma em nota que o parlamentar nega irregularidades e “estranha” ainda haver apurações em curso mais de dois anos após a Operação Compensação, que mirou Nogueira. O inquérito foi aberto no STF em setembro de 2018.

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    “O Senador Ciro Nogueira mais uma vez nega, peremptoriamente, qualquer irregularidade. Ressalta que já foi ouvido sobre os fatos e que estranha que uma Operação de 2019 ainda tenha fatos pendentes de investigação. A defesa técnica sempre respeitou o trabalho dos investigadores, mas é importante frisar que o tempo indeterminado gera graves prejuízos para a imagem do ‘eterno investigado’, especialmente o homem público. O Supremo Tribunal, felizmente, tem se posicionado firmemente contra os excessos nas delações e contra a criminalização da política”, afirma Kakay.

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