PF proíbe dizer nomes de suspeitos em nova operação na UFSC
Órgão muda postura depois de ação que culminou com o suicídio de reitor preso sem qualquer indício, no inquérito, de envolvimento com esquema suspeito
A Polícia Federal proibiu seus delegados e agentes, sob risco de punição, de revelar os nomes de suspeitos envolvidos em uma nova operação que investiga desvios na Universidade Federal de Santa Catarina. A mudança de postura vem depois da ação que culminou no suicídio do reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier de Olivo.
Em entrevista coletiva à imprensa em Florianópolis, a PF fez questão de enfatizar que a Operação Torre de Marfim, deflagrada na manhã desta quinta-feira (7), não tem nenhuma relação com a Operação Ouvidos Moucos, que tinha como objetivo apurar desvios de verbas para cursos de ensino a distância e prendeu Cancellier — não havia no inquérito qualquer indício ou acusação de que ele fizesse parte do esquema investigado. Escaldados, os policiais afirmaram hoje que a nova operação teve início anos antes e que o órgão apura “fatos, não pessoas”.