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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Os interesses de caciques de outros partidos nas prévias do PSDB

Leite conta com simpatia de presidentes de DEM e PSD e de Lira, enquanto Doria empolga Temer e recebeu ajuda de ministro de Bolsonaro por apoio no Nordeste

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Victor Irajá 30 out 2021, 10h48

Com uma disputa acirrada entre os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de São Paulo, João Doria, como mostra reportagem de VEJA nesta semana, as prévias que definirão o candidato do PSDB à Presidência da República não interessam somente ao tucanato. Partidos do chamado centro democrático, que também apresentaram nomes ao Palácio do Planalto, e até políticos aliados do presidente Jair Bolsonaro estão de olho na disputa entre o gaúcho e o paulista.

Em entrevista ao programa Amarelas On Air, de VEJA, que foi ao ar na segunda-feira, 25, Eduardo Leite disse contar com as “torcidas” do ex-ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD, e do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, presidente do DEM e futuro secretário-geral do União Brasil, produto da fusão de seu partido com o PSL.

Com o nome do recém-filiado presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), lançado ao Planalto pelos pessedistas, e o do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta colocado na praça pelos democratas, uma vitória de Leite na disputa do PSDB é bem vista pelos caciques pelo fato de ele ser um nome muito mais palatável que João Doria nas negociações por uma candidatura ao centro – de tão palatável, o gaúcho desperta rumores e interesses de que possa ser o vice ideal, o que ele nega por enquanto.

Caso Doria vença as prévias, integrantes de partidos de centro veem como mais difícil as tratativas por uma construção conjunta. O paulista, afinal, é candidato à Presidência desde que assumiu a prefeitura de São Paulo, em 2017.

O governador paulista, no entanto, não fica sem entusiastas fora do PSDB. Representado pela senadora Simone Tebet (MS) entre as onze pré-candidaturas de centro já lançadas, mas com quadros acenando a Lula e até a Bolsonaro, o MDB tem na ala ligada ao ex-presidente Michel Temer e ao atual comandante da legenda, o deputado Baleia Rossi (SP), aliados de Doria. Segundo interlocutores da dupla, Temer e Rossi veem no governador a única alternativa viável a quebrar a polarização e avaliam que Leite não teria força suficiente.

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Entre os bolsonaristas, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ex-tucano do Rio Grande do Norte, ajudou a campanha de Doria em articulações no estado, cujo diretório do PSDB declarou apoio ao paulista. Aliados de Marinho dizem que ele mantém influência no PSDB potiguar e que a ajudinha foi motivada por uma suposta facilidade maior a Bolsonaro em bater Doria na corrida presidencial. Conforme mostrou o Radar, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), trabalha por Leite, visto pelo deputado como o “melhor nome da terceira via”.

Bicadas no ninho tucano

Se o histórico do PSDB na escolha de candidatos a presidente, rico em rachas, sugeria que as prévias do partido para definir seu presidenciável em 2022 seriam animadas, o prognóstico não tardou a se concretizar. Três dias após um sonolento debate entre os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, a fogueira do civilizado processo interno recebeu seus primeiros litros de gasolina. No último dia 21, aliados de Leite acusaram o diretório do PSDB em São Paulo de fraudar as filiações de 92 prefeitos e vice-prefeitos, eleitores valiosos conforme o formato das prévias, com vistas a aumentar a base eleitoral do paulista.

Diante da estocada, acabaram emergindo as bicadas, até então limitadas aos bastidores e cultivadas por movimentos como os questionamentos da equipe de Doria ao aplicativo responsável pela votação. Nos últimos dias, o gaúcho e o paulista deram declarações que acenderam os ânimos dos oponentes: Leite colocou em xeque a lisura do processo e Doria tachou as suspeitas levantadas por aliados do rival como medo de perder. Os 92 nomes sob suspeição dos aliados de Eduardo Leite foram suspensos do colégio eleitoral pelo presidente do PSDB, Bruno Araújo, e a comissão organizadora das prévias analisará caso a caso se eles têm direito a voto.

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