Insistentemente citado pelo presidente Jair Bolsonaro como potencial candidato ao governo de São Paulo em 2022, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, não é o único integrante do primeiro escalão do governo cotado às urnas do ano que vem. Além dele, ao menos seis ministros podem concorrer a governador ou senador, em candidaturas alinhadas à de Bolsonaro pela reeleição, além do vice-presidente, Hamilton Mourão, que admite disputar uma cadeira no Senado pelo Rio Grande do Sul.
O titular da pasta do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, são cotados às eleições aos governos estaduais do Rio Grande do Norte e do Rio Grande do Sul, respectivamente. Citado pelo presidente como “bom nome” à disputa potiguar, Marinho já disse ao Radar que tratará da possível candidatura com Bolsonaro até o começo de 2022. Coordenador da articulação política do governo na CPI da Pandemia, Onyx também é citado por aliados como possível postulante a senador.
No Senado, que renovará um terço de suas cadeiras, com apenas um candidato eleito em cada estado, podem se candidatar, além de Mourão, os ministros das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN); da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), e da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS). Tereza também está entre os nomes cogitados ao governo estadual e não descarta nem mesmo concorrer à reeleição à Câmara dos Deputados. Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves é outra frequentemente citada como candidata ao Senado, mas, conforme mostrou o Radar, já confidenciou a interlocutores que não pretende concorrer.
Para entrarem na disputa eleitoral de 2022, ministros de Estado devem deixar os cargos seis meses antes do pleito, ou seja, até o final de abril, conforme os prazos para desincompatibilização estipulados pela Justiça Eleitoral.