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O que emissários de Lula dizem ao mercado sobre substituir teto de gastos

Em conversas com empresários, petistas explicam que nova regra fiscal será apresentada somente em 2023, em caso de vitória

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Diogo Magri Atualizado em 7 ago 2022, 08h28 - Publicado em 7 ago 2022, 08h11

Favorito nas pesquisas presidenciais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem conversado com representantes do PIB nacional ou enviado emissários a encontros com empresários de peso, a exemplo do candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), o economista e ex-banqueiro Gabriel Galípolo, o deputado Alexandre Padilha (SP) e o presidente da Fundação Perseu Abramo e coordenador do plano de governo, Aloizio Mercadante.

Articuladores do petista dizem que, sobretudo no círculo da Faria Lima, coração do mercado financeiro em São Paulo, uma das maiores aflições atualmente recai sobre uma nova regra fiscal alternativa ao teto de gastos, desmoralizado pelas sucessivas medidas “fura-teto” aprovadas no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A ideia dos petistas é, de fato, apresentar uma regra que substitua o teto, aprovado no governo Michel Temer, mas nestes diálogos os representantes de Lula não têm dado maiores detalhes sobre o que deve ser elaborado.

“Tenho dito que o tamanho das irresponsabilidades com a economia do país é tão imprevisível até o fim do ano, que é impossível detalhar uma nova regra fiscal antes disso”, diz Padilha. Ele ressalta que é necessário ter acesso detalhado ao estado das contas públicas para, então, elaborar um diagnóstico. “Todos os governos que construíram regras fiscais permanentes começaram a detalhar a proposta no momento em que assumem o governo. A ‘Ponte para o Futuro de Temer’ não tinha a regra do teto de gastos”, exemplifica o deputado, que tem sido chamado a conversar com o mercado em função de suas experiências como ministro da articulação política do governo Lula e coordenador do “Conselhão” que reunia, entre outros, empresários e sindicatos.

Padilha afirma que, diante dos efeitos da pandemia, com a volta da fome e defasagem nos investimentos em educação e meio ambiente, a campanha tem externado nas conversas a ideia de antecipar a revisão do teto de gastos, prevista inicialmente para 2026, logo para o primeiro ano de um eventual governo.

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“Estamos trabalhando com uma estimativa de 300 bilhões de reais de uma bomba fiscal deixada por Bolsonaro. Precisamos de previsibilidade nas contas públicas e credibilidade à política econômica, mas precisamos de flexibilidade para retomar obras paradas, combater a fome e administrar a bomba fiscal que está sendo armada”, diz o ex-ministro Aloizio Mercadante.

Nos encontros, segundo interlocutores, os aliados de Lula se encarregam de invocar a responsabilidade fiscal em seus governos a empresários e investidores que, inicialmente, mostravam-se desconfiados diante das recentes lembranças do governo Dilma Rousseff (PT) e ressabiados com um eventual sentimento de “revanche” de Lula após seus enroscos judiciais – percepção logo dissipada. Com as sinalizações do petista em discursos públicos e nas diretrizes de seu plano, também se amainaram preocupações da classe quanto à independência do Banco Central, que Lula indicou manter, e revisões na reforma trabalhista.

Segundo um empresário presente a um encontro com o ex-prefeito Fernando Haddad e Galípolo em julho, os lulistas indicam ainda que a privatização da Eletrobras não deve ser revertida, o BNDES deve retomar o protagonismo de outros tempos e não se descarta aumentar carga tributária a alguns setores.

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