Moro critica decisão de Toffoli: ‘A corrupção nos governos do PT foi real’
Ex-juiz da Lava-Jato disse que respeita as instituições, mas que lutará no Senado ‘pelo direito à verdade’
O ex-juiz, ex-ministro e agora senador Sergio Moro (União Brasil-PR) não gostou nem um pouco da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a anulação de todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht, homologado em 2017, e chamou a prisão de Lula de “armação”, amparada em “provas forjadas”.
“A corrupção nos governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de 6 bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava-Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores. Os brasileiros viram, apoiaram e conhecem a verdade”, postou Moro nas redes sociais.
O ex-juiz disse ainda que lutará politicamente para que a verdade sobre a operação seja outra. “Respeitamos as instituições e toda a nossa ação foi legal. Lutaremos, no Senado, pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia. Sempre!”, escreveu.
A corrupção nos Governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores. Os brasileiros viram, apoiaram…
— Sergio Moro (@SF_Moro) September 6, 2023
Além de declarar “imprestáveis” as provas da Odebrecht contra Lula e outros investigados na Lava-Jato, Dias Toffoli, do STF, mandou cópia da investigação a diferentes órgãos para que os procuradores da força-tarefa, que firmaram o acordo de leniência da empreiteira, sejam punidos por irregularidades na condução do caso — leia aqui.
Teve gente do Ministério Público que reagiu. “Eu sou da época em que “força-tarefa” era termo usado para combater atos de organizações criminosas. O Brasil está reinventando o termo”, escreveu a procuradora Monique Cheker, que integrou a Lava-Jato.