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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Moro cita ‘sabotagem’ e diz que deixou ministério para ‘não ser cúmplice’

À rádio Capital FM, de Cuiabá, ex-juiz afirma que Bolsonaro queria que ele protegesse a família presidencial das investigações da PF e da Receita Federal

Por Da Redação Atualizado em 29 dez 2021, 11h59 - Publicado em 29 dez 2021, 11h47

O ex-juiz Sergio Moro, agora pré-candidato a presidente da República pelo Podemos, disse nesta quarta-feira, 29, em entrevista à rádio Capital FM, de Cuiabá (MT), que o presidente Jair Bolsonaro queria que ele, como ministro da Justiça, “fizesse coisa errada”, como proteger a família presidencial de investigações em andamento.

“O presidente queria que eu fizesse coisa errada. Eu fui para o governo com a expectativa de que teria o apoio do presidente, mas, a partir de determinado momento, passei a sofrer até sabotagem”, afirmou. Segundo ele, foi lhe dada a escolha de “ficar como cúmplice de coisa errada” ou deixar o cargo.

“O próprio presidente reclamou esses dias dizendo que eu não protegia a família dele da Polícia Federal, da Receita Federal, o que é um absurdo. Ninguém tem que ser protegido de nada. Se alguém cometeu coisa errada, tem que ser investigado e a pessoa tem que ser responsabilizada’, disse.

“Ninguém tem que ser protegido de nada. Se alguém cometeu coisa errada, tem que ser investigado e a pessoa tem que ser responsabilizada”

Sergio Moro, em entrevista à rádio Capital FM, de Cuiabá

Ironicamente, a declaração vem um dia após ele ter criticado o pedido de investigação feito pelo procurador Lucas Rocha Furtado, do Tribunal de Contas da União (TCU), para que fosse investigado quanto Moro recebeu pelo contrato que manteve com a consultoria americana Alvarez & Marsal, que atua como administradora da recuperação judicial da Odebrecht, uma das companhias mais afetadas pelas decisões de Moro quando era juiz da Lava Jato.

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“Repudio as insinuações levianas do procurador do TCU a meu respeito e lamento que o órgão seja utilizado dessa forma”, escreveu o ex-juiz, em sua conta no Twitter após o pedido de investigação.

Após pedido do procurador, o ministro Bruno Dantas, do TCU, pediu que a Alvarez & Marsal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informassem quanto Moro recebeu durante o contrato, além de todos os processos de recuperação udicial em que a consultoria atuou desde 2013. Na entrevista, Moro não foi questionado sobre a decisão do TCU.

Corrupção

Na entrevista, Moro também atacou Bolsonaro – que “desmantelou o combate à corrupção”— e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – em cujo governo teriam ocorrido “os maiores escândalos de corrupção da história do país” – e insistiu na proposta de criar o Tribunal Nacional Anticorrupção, com “servidores e juízes vocacionados” para enfrentar o problema.

Sobre a eleição presidencial, Moro afirmou que está disposto a conversar com todos os outros pré-candidatos que não sejam Moro e Bolsonaro, mas disse que ainda é cedo para definir a formação de chapas para 2022.

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