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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Mesmo demitido, ex-presidente da EBC vai receber salários por seis meses

Hélio Doyle perdeu o cargo após compartilhar post com ataque a apoiadores de Israel; com decisão de comitê, ele manterá remuneração mensal de 34.900 reais

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 dez 2023, 20h38 - Publicado em 26 dez 2023, 20h29

Exonerado do comando da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) após compartilhar uma publicação na qual chamava apoiadores de Israel de “idiotas”, o jornalista Hélio Doyle deverá continuar recebendo salário como diretor-presidente da instituição por seis meses. Os vencimentos somam cerca de 34.900 reais.

Em decisão de 11 de dezembro, a Comissão de Ética Pública votou por conceder a chamada quarentena remunerada ao jornalista. Pelas normas da administração federal, Doyle não poderá exercer profissão na iniciativa privada por um semestre, mas terá pelo mesmo período a remuneração que recebia à frente da EBC.

As regras valem para titulares de cargos do alto escalão do governo — como ministros e dirigentes de autarquias e empresas públicas, como era o caso do jornalista — que estão deixando o posto, e têm como objetivo evitar o uso de informações privilegiadas em benefício de interesses privados.

Saída tumultuada

Hélio Doyle foi exonerado em meados de outubro deste ano, após compartilhar um tuíte do cartunista Carlos Latuff com a mensagem: “Não precisa ser sionista para apoiar Israel. Ser um idiota é o bastante”. A publicação foi feita na esteira dos ataques do Hamas no sul de Israel, ocasião em que dezenas de israelenses foram mortos e sequestrados pelo grupo terrorista.

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Logo após a repercussão, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), manifestou “descontentamento” com o tuíte. “[Pimenta] Disse-me que a referida repostagem e sua repercussão na imprensa criaram constrangimentos ao governo, que mantém posição de neutralidade no conflito, em busca da paz e da proteção aos cidadãos brasileiros. Diante disso, pedi desculpas e comuniquei que deixo a presidência da EBC”, disse Doyle em 18 de outubro.

Nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro, o jornalista ficou seis meses na presidência da EBC, uma estatal que gerencia um conglomerado de veículos oficiais do governo, como a TV Brasil, a TV GOV, uma agência de notícias e rádios e TVs regionais e universitárias.

Sucessor

Ele foi sucedido no cargo por Jean Lima, doutor em história econômica pela Universidade de São Paulo (USP) e consultor no governo federal durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, quando atuou na Secretaria de Relações Institucionais.

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