Membros do novo Conselhão de Lula turbinaram campanhas de bolsonaristas
Presidente inaugurou novo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável com 246 membros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta quinta-feira, 4, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da Presidência da República. O novo Conselhão tem 246 membros de diversos setores, incluindo empresários, influenciadores digitais e médicos. Alguns deles turbinaram a campanha de candidatos bolsonaristas com doações nas eleições de 2022.
O empresário Erasmo Carlos Battistella, presidente da Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil (BSBIOS), foi um deles. Colocou 100 mil reais na campanha do ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL), que disputou as eleições ao governo do Rio Grande do Sul — e foi derrotado por Eduardo Leite (PSDB). Ele também doou 50 mil reais para o deputado Pedro Lupion (PP-PR), aliado a Bolsonaro e atual presidente da bancada ruralista na Câmara.
Rubens Ometto, presidente da Cosan, também fez doações generosas a candidatos bolsonaristas. Contribuiu com 200 mil reais para a campanha do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Lupion, Onyx e a senadora e ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, Tereza Cristina (PL-MS), receberam 100 mil cada um; e o deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, 50 mil. Já Sergio Bortolozzo, presidente da Sociedade Rural Brasileira, colocou mil reais na campanha do próprio Bolsonaro.
Além de Lula, também integram o grupo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, do Meio Ambiente, Marina Silva, e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, também participaram da primeira reunião. O Conselhão havia sido extinto na gestão de Bolsonaro.
O novo Conselhão também tem nomes conhecidos como o influenciador Felipe Neto, os médicos Ludhmila Hajjar e Roberto Kalil, a dona do Magazine Luiza, Luiza Trajano, o diretor-presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, e o líder indígena ianomâmi Davi Kopenawa.