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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Justiça condena membros do PCC por plano para matar autoridades

Delegados de polícia, juíza, policiais federais e promotor estavam na mira da facção criminosa

Por Da Redação Atualizado em 29 ago 2023, 17h29 - Publicado em 29 ago 2023, 13h26

A Justiça de São Paulo condenou quatro pessoas por participação em planos para executar autoridades públicas, entre delegados de polícia, uma juíza de direito, policiais federais e o promotor de Justiça do Gaeco de Presidente Prudente, Lincoln Gakiya, que há mais de 20 anos investiga as atividades criminosas do Primeiro Comando da Capital. As penas variam de nove a 13 anos de prisão.

As investigações foram abertas em 2018, quando agentes penitenciários encontraram bilhetes que descreviam o plano de atentar contra a vida de autoridades em posse de presos e visitantes. De acordo com as denúncias apresentadas pelo Ministério Público, seria uma retaliação à ordem de transferência das principais lideranças do PCC para presídios de segurança máxima, naquele ano, após a descoberta de um plano de resgate de integrantes da cúpula da organização, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola.

Os investigadores apontaram investimento de milhões de dólares na logística, compra de veículos blindados, aeronaves, material bélico, armamento de guerra e treinamento de pessoal na Bolívia para a execução do plano. A organização criminosa pretendia, segundo a denúncia, cercar o Batalhão da Polícia Militar, impossibilitando o voo do helicóptero Águia, bem como um ataque à subestação de energia elétrica de Presidente Venceslau, com o objetivo de deixar a cidade sem energia.

Após a transferência de líderes do PCC para presídios federais, foram apreendidos diversos bilhetes com ordens para executar autoridades. “Este lixo do promotor da GAECO tenq (tem que) morrer esta semana”, dizia trecho de um bilhete apreendido logo após a transferência. “Tanto o promotor da GAECO e sua escolta ninguém vai ficar vivo.”

Outras correspondências no mesmo sentido foram apreendidas nos anos seguintes. Segundo o Ministério Público, houve articulação de presos de diversos presídios para pôr o plano em prática.

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Em depoimento à Justiça, Gakiya relatou que por diversas vezes se constatou o sobrevoo de drones sobre a sede do Gaeco de Presidente Prudente, no monitoramento de policiais responsáveis por sua escolta e até sobre sua casa, durante a madrugada.

Foram condenados Roberto Cardoso de Aguiar, conhecido como Viola, Carlos Alberto Damásio, o Malboro, Gabriel Nekis Gonçalves e Tony Ricardo Silveira. Todos já estão presos por outros crimes, e negaram participação no planejamento dos atentados quando ouvidos em juízo. As defesas podem recorrer das condenações.

Moro

Em março deste ano, a Polícia Federal desmantelou um grupo que já estava dando andamento a um plano para sequestrar autoridades, entre eles o promotor Lincoln Gakiya e o ex-ministro da Justiça e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR), para servirem de moeda de troca pela transferência de Marcola de um presídio federal para uma unidade paulista. Ao ser descoberto, o grupo já havia iniciado as atividades de monitoramento dos alvos. Ao todo, nove pessoas foram presas.

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