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Juiz manda colocar acusador de Moro em programa de proteção de testemunhas

Segundo ele, Tacla Duran citou pessoas com “grande poderio político e econômico”; Moro chama acusador de "criminoso confesso e destituído de credibilidade"

Por Da Redação Atualizado em 27 mar 2023, 20h51 - Publicado em 27 mar 2023, 18h26
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  • O juiz Eduardo Appio, novo responsável pelos processos da Operação Lava-Jato em Curitiba, determinou nesta segunda-feira, 27, que o advogado Rodrigo Tacla Duran, ex-colaborador da Odebrecht, seja incluído em programa de proteção a testemunhas do governo federal.

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    O pedido foi feito após Duran ter prestado depoimento ao próprio juiz e à Polícia Federal na qual ratificou a acusação de extorsão contra advogados próximos à deputada federal Rosangela Wolff Moro (União Brasil-SP), esposa do ex-juiz Sergio Moro, que agora é senador pelo União-PR.

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    “O acusado está sendo encaminhado ao programa federal de testemunhas protegidas por conta do grande poderio político e econômico dos envolvidos, sendo certo que toda e qualquer medida somente será apreciada por esse juízo federal em caso de risco concreto à vida e/ou segurança das testemunhas e autoridades envolvidas”, escreveu Appio na decisão.

    Em nota, Moro rebateu duramente as acusações de Tacla Duran, a quem chamou de “criminoso confesso e destituído de credibilidade”. “Trata-se de uma pessoa que, após inicialmente negar, confessou depois lavar profissionalmente dinheiro para a Odebrecht e teve a prisão preventiva decretada na Lava-Jato. Desde 2017 faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou. Tenta desde 2020 fazer delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República, sem sucesso. Por ausência de provas, o procedimento na PGR foi arquivado em 9/6/22”, diz Moro. O senador também afirma que “não teme qualquer investigação, mas lamenta o uso político de calúnias feitas por criminoso confesso e destituído de credibilidade”.

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    No depoimento, Tacla Duran conta que pagou 613 mil dólares a advogados ligados a Rosangela Moro. O dinheiro seria a primeira parcela de um total de 5 milhões de dólares que ele afirma ter negociado com advogados para fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, que teria o aval do ex-procurador Deltan Dallagnol, hoje deputado federal pelo Podemos-PR. A oferta teria sido apresentada seis meses antes de ele ser preso, em 2016, pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, sócio de Rosangela Moro.

    O primeiro pagamento teria sido feito no dia 14 de julho de 2016 para o escritório do advogado Marlus Arns, ligado a Zucolotto e Rosangela. Em entrevistas anteriores, Tacla Duran disse que pagou “para não ser preso”. Logo depois, ao não pagar o restante do acordo, ele teria tido a sua prisão preventiva decretada por Moro. Já fora do Brasil, acabou detido na Espanha, onde vive – ele conseguiu a liberdade provisória três meses depois.

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