Em carta enviada à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, o ministro Luís Roberto Barroso negou uma acusação feita pelo colega Gilmar Mendes. No documento, Barroso diz que, “diante da afirmação falsa feita hoje no plenário”, gostaria de informar a presidente de que não integra mais um escritório de advocacia desde que se tornou ministro da Corte, em 2013.
A acusação veio de Gilmar, que, ao final de uma intensa discussão entre dois, disse que “recomendaria ao ministro Barroso que feche seu escritório de advocacia” – uma acusação grave, visto que ministros são proibidos de advogar enquanto estiverem no Supremo.
Na carta a Cármen Lúcia, Barroso não cita o autor da “afirmação falsa”, Gilmar, mas acrescenta que, no mesmo dia em que tomou posse, também enviou um ofício à Secretaria Judiciária da Presidência do Supremo para que não fosse sorteado a ele nenhum caso defendido pelo escritório do qual fez parte.
Mais cedo, depois de ser alfinetado pelo colega por um voto seu em 2016, o ministro Luís Roberto Barroso desandou a falar sobre o colega, que definiu como “uma pessoa horrível, uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia” e “uma desonra para o tribunal”. Ao final da fala, veio a acusação de Gilmar.