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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Eleições: o duelo de caciques na capital mais bolsonarista do Nordeste

Disputa deste ano pela prefeitura da capital alagoana deverá opor nomes apadrinhados por Lula, Bolsonaro, Renan e Lira

Por Valmar Hupsel Filho 9 abr 2024, 09h38

O quadro de pré-candidatos à prefeitura de Maceió (AL) ainda está se formando mas já indica que a disputa colocará em lados opostos nomes apadrinhados por políticos que protagonizam tanto a polarização nacional, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu antecessor, Jair Bolsonaro, como em nível regional, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) e o senador Renan Calheiros (MDB).

A disputa é pelo cargo ocupado hoje pelo prefeito João Henrique Caldas, que vai tentar a reeleição. Com apoio de Lira, JHC, como é conhecido, elegeu-se em 2020 pelo PSB, mas migrou para o PL durante o mandato e se aproximou de Bolsonaro, o que tem motivado críticas de antigos aliados à esquerda. Na sexta-feira passada, 5, JHC foi ao aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió, para receber o casal Jair e Michelle Bolsonaro, que estiveram na cidade para receber títulos propostos por políticos locais.

O prefeito, que lidera as pesquisas de intenção de votos, tenta garantir a reeleição na esteira da popularidade do presidente na cidade. Maceió é a única capital nordestina que Bolsonaro teve mais votos que Lula na eleição presidencial de 2022, vencida pelo petista — na cidade, Bolsonaro teve 57% dos votos contra 43% de Lula.

A definição de quem vai sair como vice em sua chapa, no entanto, será discutida com Lira. Segundo pessoas envolvidas nas articulações, o plano do presidente da Câmara é indicar para a vice o secretário municipal de Relações Federativas, Davi Davino Filho. Ele concorreu à prefeitura de Maceió em 2020 e ficou na terceira colocação, com 25% dos votos. Já JHC tem preferência pela indicação do senador Rodrigo Cunha (Podemos), cuja suplente é a mãe do prefeito, que seria quem assumiria a vaga.

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Pelo MDB de Renan Calheiros o candidato deve ser o deputado federal Rafael Brito. O partido oficializou a pré-candidatura do parlamentar no final de março, em evento que teve a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do governador Paulo Dantas. Brito já ocupou diversos cargos na gestão de Renan Filho, como as secretarias do Trabalho e da Educação, e é tido como o concorrente mais forte de JHC.

O diretório local do PT refutou uma eventual composição com o MDB no primeiro turno e decidiu por unanimidade ter uma candidatura própria. O escolhido foi o presidente do diretório estadual do PT em Alagoas, Ricardo Barbosa. Em 2020, Barbosa também concorreu à prefeitura, mas ficou na sétima posição, com 2,3% dos votos.

O quadro de pré-candidatos competitivos à prefeitura da capital alagoana ainda tem o ex-deputado e ex-vereador Lobão (Solidariedade), que oficializou intenção de concorrer ao pleito na semana passada.

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Polarização nacional, discussão local

Uma eventual composição entre MDB e PT não está descartada caso o candidato de um dos partidos vá para o segundo turno. Se do outro lado estiver o atual prefeito, como indicam as pesquisas, haverá uma repetição da polarização estadual entre apadrinhados de Renan e de Lira, e nacional, com candidatos apoiados por Lula e por Bolsonaro.

Um tema muito local, no entanto, deverá dominar os debates entre os concorrentes: o rompimento de parte da estrutura da mina de sal gema explorada desde a década de 1970 pela Braskem, em dezembro do ano passado. O episódio, que desalojou e causou prejuízos a mais de 60 mil pessoas, reforçou a polarização entre os dois grupos dominantes no estado, com trocas de acusações de ambos os lados.

 

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