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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Eleições 2024: a largada ruim dos candidatos do PT nas capitais

A pouco mais de seis meses para o pleito, cenário é difícil para candidatos da legenda, que em 2020 não arrematou nenhuma metrópole

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 mar 2024, 16h25 - Publicado em 13 mar 2024, 09h49

A pouco mais de seis meses para as eleições deste ano, quando os brasileiros irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores, o cenário tem sido difícil para candidatos do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O próprio presidente e dirigentes do partido já declararam que querem fazer do pleito uma espécie de redenção da sigla após o fiasco eleitoral de 2020 — ano em que, pela primeira vez desde que foi criada, a legenda não arrematou nenhuma capital.

Como estratégia, o PT anunciou alianças em metrópoles como Recife, Salvador e São Paulo, nas quais abrirá mão da cabeça de chapa para apoiar candidatos aliados e, em troca, indicar os vices.

Em cidades em que haverá de fato candidaturas do PT, os postulantes amargam uma largada ruim no páreo eleitoral, segundo mostram as últimas pesquisas de intenção de voto. São dois os principais motivos que justificam a maré baixa. O primeiro é a boa avaliação de prefeitos em exercício — com a máquina na mão, os mandatários geralmente conseguem largar na frente nas sondagens e eventualmente vencer a reeleição. Como não houve vitoriosos do PT em 2020, o saldo para a legenda já começa “negativo”. Em segundo lugar, há uma profusão de candidaturas de direita e, sobretudo, do PL de Jair Bolsonaro. Mesmo com a derrota do ex-presidente, o bolsonarismo e seus representantes continuam eleitoralmente fortes, principalmente no Legislativo federal, em que a legenda tem a maior bancada na Câmara e uma das maiores no Senado — tanto que muitos dos pré-candidatos dessa ala que despontam nas pesquisas são congressistas.

Veja abaixo como está a disputa para algumas capitais:

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Belo Horizonte (MG)

Pesquisa AtlasIntel divulgada em janeiro aponta o deputado estadual Bruno Engler (PL) em primeiro, com 31,4% das intenções de voto. Na sequência, aparecem o deputado federal Rogério Correia (PT), com 21%, o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), com 11,6%, e o senador Carlos Viana (Podemos), com 7,7%. O atual prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), tem 5,5%.

Fortaleza (CE)

Levantamento divulgado pelo Instituto Paraná Pesquisas, em janeiro, mostra o ex-deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) na liderança, com 38,5% das intenções de voto no principal cenário testado. Alinhado ao bolsonarismo, o ex-parlamentar havia ficado em segundo lugar na disputa pelo governo do Ceará em 2022, perdendo para Elmano de Freitas (PT). A sondagem para a prefeitura aponta ainda o atual prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), em segundo lugar, com 21,8%, seguido por André Fernandes (PL), com 9,1%, Evandro Leitão (PT), com 6,5%, e Eduardo Girão (Novo) com 5,3%.

Aracaju (SE)

Com o atual prefeito, Edvaldo Nogueira (PDT), no fim do segundo mandato consecutivo, já começam as movimentações pela sua sucessão. Sondagem do Paraná Pesquisas, de junho de 2023, aponta a Delegada Danielle Garcia (MDB) na liderança pela Prefeitura de Aracaju nos três cenários testados, com porcentagens de até 32,3%. Os diferentes candidatos do PT apurados aparecem longe de um eventual segundo turno. Márcio Macêdo, atual ministro-chefe da Secretaria-Geral de Lula, aparece com 4,6%. A atual vice-governadora de Sergipe, Eliane Aquino, figura com 12,3%. Já o senador Rogério Carvalho tem 8,5%.

Goiânia (GO)

Curiosamente, a capital de Goiás, estado governado por Ronaldo Caiado (União) — aliado de Bolsonaro — e um dos principais expoentes do agronegócio, setor simpático ao ex-presidente, tem boas perspectivas para um nome petista. Sondagem de fevereiro do Paraná Pesquisas mostra os três primeiros colocados tecnicamente empatados. A deputada federal Adriana Accorsi (PT) aparece com 22,1%, seguida por Vanderlan Cardoso (PSD), com 20,6%, e pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL), com 19,7%.

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Manaus (AM)

A capital amazonense é outra que tem pré-candidatos do PT longe do pódio. Pesquisa do instituto Listening divulgada na última segunda-feira, 11, mostra que o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) — o mais jovem da Câmara, com 23 anos — lidera a disputa nos dois cenários testados. No principal, Mandel tem 35% das intenções de voto, seguido pelo atual prefeito, David Almeida (Avante), que tem 28%. Em terceiro, figura o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), com 13%, Roberto Cidade (União), com 4%, Ricardo Nicolau (Solidariedade), com 3%, e Anne Moura (PT), com 1%.

São Paulo (SP)

Um dos exemplos — talvez o principal — em que o PT abriu mão da cabeça de chapa, o cenário é acirrado. Pesquisa divulgada na última segunda-feira, 11, pelo Datafolha mostra Guilherme Boulos (PSOL), que recentemente oficializou a aliança com Marta Suplicy (PT), empatado tecnicamente com Ricardo Nunes (MDB): o deputado federal tem 30% das intenções de voto, contra 29% do atual prefeito. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

João Pessoa (PB)

Pesquisa divulgada pelo Instituto Datavox na última semana aponta a liderança do atual prefeito, Cícero Lucena (PP), com 39,6%. Em segundo, figurava o até então pré-candidato do PT, Luciano Cartaxo, com 12,4% — ele, no entanto, anunciou a desistência na última segunda-feira, 11, em meio a um racha interno da legenda na capital. Em terceiro, está o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos), com 8,9%, e, em quarto, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL), com 3,2%.

Rio de Janeiro (RJ)

Outro cenário em que não há um pré-candidato do PT, quem lidera a corrida é o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), com 36,2% das intenções de voto, aponta pesquisa AtlasIntel de janeiro. Paes e dirigentes do Partido dos Trabalhadores negociam para um vice petista na chapa. O nome mais recente cogitado foi o da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, mas a possibilidade subiu no telhado após resistências de ambos os lados. Em segundo lugar, de acordo com a sondagem, aparece o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), com 19,1%. O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é homem de confiança do clã Bolsonaro e deverá ter como coordenador de campanha o vereador Carlos Bolsonaro. Ainda figuram na lista os deputados Tarcísio Motta (PSOL), com 17,8%, e Ottoni de Paula (MDB), com 6,9%.

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Salvador (BA)

Levantamento do Paraná Pesquisas de janeiro aponta o atual prefeito, Bruno Reis (União), liderando a disputa, com 59,9% da preferência do eleitorado. Tecnicamente empatados na margem de erro, estão Geraldo Júnior (MDB) — vice-governador da Bahia e nome apoiado pelo PT —, com 11,2%, e o ex-ministro da Cidadania João Roma (PL), com 6,1%. A margem é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

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