Eleições 2022: quem fica e quem sai do governo Bolsonaro
Mais da metade dos ocupantes dos cargos de primeiro escalão ainda acalenta algum tipo de plano eleitoral
A menos de 40 dias do prazo para saída dos cargos dos ministros que pretendem disputar as eleições, em 2 de abril, o governo do presidente Jair Bolsonaro tem alguns nomes dados como certos nas urnas e outros que ainda não definiram se de fato concorrerão ou continuam no emprego. Dependendo do desfecho, a administração pode perder em torno da metade dos atuais 24 ocupantes.
Até o momento, três ministros despontam como candidatos a governador: Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), em São Paulo; Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), no Rio Grande do Sul; e João Roma (Cidadania), na Bahia.
Ao Senado, tentarão a sorte nas urnas Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), pelo Rio Grande do Norte; Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), pelo Amapá; e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), pelo Distrito Federal.
Tereza Cristina (Agricultura) e Gilson Machado (Turismo) também serão candidatos, só não se sabe exatamente a qual cargo. Ambos podem concorrer pelas vagas únicas de senador por Mato Grosso do Sul, no caso dela, e Pernambuco, no caso dele, mas também estão entre os cotados para assumir a vaga de candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Bolsonaro.
Ao menos cinco nomes podem ou não ser candidatos, três deles também cogitados como companheiros de chapa do capitão: Walter Braga Netto (Defesa), Fábio Faria (Comunicações) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), este último o azarão entre os possíveis vices. Faria também estudava concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Norte, mas tende a deixar a candidatura bolsonarista no estado para Rogério Marinho. Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Marcelo Queiroga (Saúde) e Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) estudam candidaturas a deputado federal por Distrito Federal, Paraíba e São Paulo, respectivamente.
Instalado um escalão de poder abaixo, o secretário especial de Cultura, Mário Frias, também deve concorrer à Câmara — o que aliviou os servidores do órgão.
Entre os ocupantes de cargos com status de ministro, alguns nomes importantes certamente não deixarão o governo para disputar a eleição, como os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira; e da Economia, Paulo Guedes. Veja abaixo a lista:
QUEM SAI
- Tarcísio de Freitas (Infraestrutura)
- Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência)
- João Roma (Cidadania)
- Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional)
- Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)
- Flávia Arruda (Secretaria de Governo)
- Tereza Cristina (Agricultura)
- Gilson Machado (Turismo)
QUEM PODE SAIR
- Walter Braga Netto (Defesa)
- Fábio Faria (Comunicações)
- Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
- Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública)
- Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações)
- Marcelo Queiroga (Saúde)
QUEM FICA
- Paulo Guedes (Economia)
- Ciro Nogueira (Casa Civil)
- Milton Ribeiro (Educação)
- Joaquim Leite (Meio Ambiente)
- Bento Albuquerque (Minas e Energia)
- Carlos França (Relações Exteriores)
- Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral)
- Roberto Campos Neto (Banco Central)
- Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União)
- Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União)