O alívio na Secretaria de Cultura com o futuro de Mario Frias
Clima de tensão se dissipou com os novos planos do secretário
A atmosfera de “terror” e de “caça às bruxas” nos corredores da Secretaria de Cultura do governo federal, como são descritos os bastidores do órgão chefiado por Mario Frias, vem se dissipando e dando lugar ao alívio de servidores com o futuro do ex-ator, que deve se candidatar a deputado federal. Os funcionários do órgão contam com a saída dele no final de março.
A virada no clima se acentuou nos últimos dias, quando Frias foi chamuscado pelas revelações de que deu emprego para o cunhado e a noiva do deputado bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ) e gastou 39 mil reais em uma viagem a Nova York.
Embora as informações tenham desgastado o nome de Frias no Palácio do Planalto, ninguém aposta, entretanto, que ele será exonerado: Bolsonaro deverá retribuir as “deferências” que sempre recebeu do secretário e mantê-lo até prazo para se desincompatibilizar do cargo (2 de abril).
As notícias negativas produzidas nos últimos dias também deverão ter impacto na troca de comando na pasta: o secretario-adjunto Helio Ferraz, que acompanhou Frias a NY e era considerado seu substituto natural, perdeu pontos e viu crescer a cotação de Larissa Peixoto, atual chefe do Iphan.