Deltan tenta pegar carona em revelações do caso Marielle
Ex-procurador da Lava-Jato questiona se agora ‘a delação premiada se tornará a coisa mais maravilhosa do mundo’
O ex-procurador da República Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, resolveu aproveitar as novas revelações em torno das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco para questionar o tratamento que foi dado à operação de combate à corrupção do qual foi um dos expoentes.
“Assistam à mágica acontecer: agora delação premiada se tornará a coisa mais maravilhosa do mundo, capaz de resolver todos os problemas do Brasil”, postou em sua rede social. Ele faz referência à delação firmada pelo ex-policial militar Elcio Queiroz, personagem-chave na investigação do assassinato de Marielle – leia matéria aqui.
Elcio Queiro, delator no caso Marielle, está preso preventivamente desde março/2019, há + de 1.500 dias. Cadê o ministro @gilmarmendes, os advogados do prerrô e os jornalistas que criticavam as prisões alongadas de Curitiba? O problema era a Lava Jato né?
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) July 24, 2023
O alvo de Deltan são os magistrados, advogados e políticos que criticaram o uso generalizado das delações como meio de obter confissões e provas durante a Lava-Jato. “Elcio Queiroz, delator no caso Marielle, está preso preventivamente desde março/2019, há mais de 1.500 dias. Cadê o ministro Gilmar Mendes, os advogados do prerrô (Prerrogativas, grupo de advogados críticos dos métodos da Lava-Jato) e os jornalistas que criticavam as prisões alongadas de Curitiba? O problema era a Lava-Jato, né?”, postou.