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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Com popularidade em queda, Lula prepara incursões em ‘território inimigo’

Com agenda voltada a anúncios e entregas de obras, presidente visita estados com maioria do eleitorado bolsonarista e fortemente vinculados ao agronegócio

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 mar 2024, 15h24 - Publicado em 13 mar 2024, 12h38

Em meio a uma queda de popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dá início nesta semana a um giro por regiões que podem ser consideradas territórios com eleitorado mais crítico ao seu governo. Com uma agenda voltada ao anúncio de projetos e entregas de obras, o presidente deverá visitar estados de eleitorado majoritariamente bolsonarista e fortemente vinculados ao agronegócio — setor tradicionalmente refratário a Lula e que, no ano passado, foi responsável por alavancar o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

As viagens fazem parte de uma iniciativa de “aproximação” do Planalto com o empresariado de diferentes frentes do agro, anunciada no início de fevereiro pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Segundo o auxiliar, a ideia é que os setores tenham acesso direto a Lula para a apresentação de demandas e estreitamento de relacionamento.

Por enquanto, o plano é que Fávaro acompanhe o presidente nas viagens, não apenas porque partem da pasta os recursos de boa parte dos programas que serão anunciados, mas também pela boa articulação do auxiliar com o agro — ele foi presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), estado pelo qual é senador licenciado.

A primeira parada será na Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro, onde Lula inaugura, nesta quarta-feira, 13, uma fábrica de fertilizantes da EuroChem. Segundo maior colégio eleitoral do país, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais foi o estado em que a disputa foi a mais acirrada nas últimas eleições, com a menor margem entre Lula e Jair Bolsonaro: foram, 50,2% do petista contra 49,8% do ex-presidente. Minas é governado por Romeu Zema (Novo), aliado de Bolsonaro e possível candidato a “herdeiro político” do capitão, inelegível, na corrida presidencial de 2026.

Na sexta-feira, 15, Lula desembarca em Lajeado, no Rio Grande do Sul, onde apresentará um balanço das ações do governo federal para os municípios atingidos pelas fortes chuvas de novembro do ano passado. No mesmo dia, em Porto Alegre, fará anúncios de investimentos no estado. Governado por Eduardo Leite (PSDB), o Rio Grande do Sul teve predominância bolsonarista nas últimas eleições: o ex-presidente somou 56,35% dos votos contra Lula. A simpatia gaúcha não passa despercebida a Bolsonaro, que, a convite de empresários do agronegócio, participou, no início de fevereiro, da Expodireto, uma das maiores feiras do setor. O clima foi de consagração popular, com uma multidão no encalço do ex-presidente.

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Viagem ao “coração” do agro

Nas próximas semanas, Lula deve aterrissar em estados ainda mais voltados ao agronegócio: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás estão no itinerário. Esta será a primeira vez que o presidente visita essas unidades da federação no atual mandato.

A maioria desses estados, vale lembrar, deu uma vitória considerável a Bolsonaro no segundo turno das últimas eleições. O ex-presidente teve 65,08% dos votos em Mato Grosso, 59,49% em Mato Grosso do Sul e 58,71% em Goiás.

Popularidade em queda

Na semana passada, pesquisas feitas por três institutos — Quaest, AtlasIntel e Ipec — apontaram uma queda de aprovação ao terceiro mandato presidencial de Lula. Na mais recente delas, do Ipec, divulgada na sexta-feira, 8, a taxa de ótimo ou bom chegou a 33% — estava em 38% em dezembro de 2023 —, enquanto o percentual de ruim ou péssimo foi de 32% (era 30% na pesquisa anterior).

Na segunda-feira, 11, pesquisa divulgada pelo Datafolha mostrou que a reprovação a Lula em São Paulo, maior cidade do país, aumentou 9 pontos (chegou a 34%, contra 29% na pesquisa anterior, de agosto de 2023), enquanto a aprovação caiu 7 pontos (foi de 45% para 38%).

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