Chuva e alagamentos voltam a causar transtornos no Litoral Norte de SP
Prefeitura de São Sebastião criou três abrigos temporários
O Litoral Norte de São Paulo voltou a sofrer com fortes chuvas na noite da terça-feira 13 e madrugada desta quarta. Em um dia, caíram entre 120 e 200 milímetros de chuva, a depender da localidade — a média para o mês todo é de 100 milímetros.
Em São Sebastião, cidade que registrou 64 mortes em consequência de deslizamentos de terra em fevereiro, a prefeitura, em parceria com o governo do estado, abriu três abrigos, que poderão receber famílias da região. As estruturas ficam em Juquehy, Barra do Sahy e Boiçucanga, todas na costa sul do município, um dos principais pontos turísticos do Litoral Norte.
Para os próximos três dias, a previsão é de mais chuva forte, além de ressaca no mar.
Na Rodovia Rio-Santos, o principal acesso aos bairros e a única ligação entre as cidades, trechos localizados em São Sebastião foram parcialmente bloqueados. Não há interdições totais até o momento. Por causa da dificuldade de acesso, a prefeitura suspendeu as aulas nas escolas sob sua gestão.
⚠️SP 055 Rio-Santos⚠️
Trecho de São Sebastião:
Tempo permanece instável na região.
Há interdição parcial somente no km 142+000 (Região de Toque-Toque), devido a uma pequena queda de barreira e árvores. Não há nenhum interferência ao tráfego. pic.twitter.com/2ARbvusEoZ— DER-SP (@_dersp) June 14, 2023
Enquanto se recupera dos estragos do Carnaval, a população aguarda o término das obras prometidas pelo governo do estado. Em maio, a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) estabeleceu um cronograma. Na Vila Sahy, local que registrou 53 mortes, a promessa é de construção de 518 unidades habitacionais, entre apartamentos e casas. O prazo inicial, de seis meses, não será cumprido.
“O terreno que escolhemos é muito pantanoso e necessita de uma fundação mais complexa. Nossa ideia é que possamos entregar 64 unidades a cada trinta dias, a partir de outubro”, afirma o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Cardinale Branco. Nesta semana, o terreno sofreu alagamentos, mas os prazos serão mantidos. Pelos cálculos de Branco, os últimos imóveis ficarão aptos a receber moradores em janeiro de 2024, um mês antes de a tragédia completar um ano.
Além desse lote, outro terreno, em Maresias, com 186 apartamentos, será erguido. A exemplo da primeira obra, a construção está na fase de fundação e o prazo inicial de entrega é outubro de 2023.