Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Aras diz que inquérito das fake news é atípico e causa danos ao STF e à PF

Em manifestação enviada ao Supremo, procurador-geral da República afirma que investigação deveria ser desenvolvida pelo MPF e pede mudanças em sua condução

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 18h53 - Publicado em 4 jun 2020, 18h29

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta quinta-feira, 4, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal, que o inquérito que investiga fake news e ataques à Corte é “atípico”, aberto de forma “sui generis” e que pode prejudicar a imagem do próprio STF, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal.

“Enquanto a Suprema Corte não estabelecer, com clareza, os critérios e balizas para o inquérito, haverá um estado de insegurança jurídica que acaba por atingir a honorabilidade não apenas do Supremo Tribunal Federal, mas da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal”, afirmou Aras no documento.

A questão principal, que vem sendo levantada pela PGR desde a instalação do inquérito em março de 2019, ainda na gestão de Raquel Dodge, é que o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, não poderia tê-lo instalado da forma como foi, sem a participação da Procuradoria, que deveria ser o órgão responsável pela investigação, e sem delimitar qual é o objeto da investigação. Para ele, Toffoli e o STF poderiam ter usado o poder de polícia administrativa para instaurar inquérito para investigar algo ocorrido dentro das dependências do tribunal, mas não estendê-lo a fatos amplos ocorridos fora das dependências da Corte.

ASSINE VEJA

As consequências da imagem manchada do Brasil no exterior O isolamento do país aos olhos do mundo, o chefe do serviço paralelo de informação de Bolsonaro e mais. Leia nesta edição ()
Clique e Assine

“E foi justamente com base nessa distinção que o PGR se manifestou em todas as oportunidades em que foi instado, entendendo ser legítima a instauração de inquérito sob o ângulo de investigação administrativa preliminar, que dispensa, por norma regimental expressa, a distribuição. Contudo, surgindo elementos mínimos que apontem para a necessidade de abertura de inquérito propriamente dito, faz-se necessária a supervisão, já não mais da Presidência do Tribunal nas suas atribuições de polícia administrativa, mas de órgão judicante, no caso, a PGR”, escreve.

Continua após a publicidade

Aras propõe três medidas para “compatibilizar” o inquérito com o previsto na Constituição: 1) permitir ao Ministério Público Federal a constante participação na investigação, “visando a proteção de direitos e garantias fundamentais dos investigados e a colheita de indícios e provas”; 2) direito aos advogados dos investigados de “acesso aos elementos de prova já produzidos pela polícia”; e 3) que “as medidas investigativas, como quebra de sigilo, busca e apreensão, vedação de uso de redes sociais etc, caso não requeridas pelo Ministério Público, hão de ser submetidas previamente ao seu crivo”.

Preocupação

O inquérito das fake news, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes, se tornou a principal dor de cabeça do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. A investigação, que ameaça inclusive seus filhos, já resultou em 29 mandados de busca e apreensão executados pela PF contra ativistas, empresários e deputados bolsonaristas.

Moraes também determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal de cinco pessoas, entre elas os empresários Luciano Hang, da Havan, e Edgard Corona, da Smart Fit, acusados de financiar um esquema de divulgação de fake news. O problema para Bolsonaro é que o pedido retroage a julho de 2018, durante a campanha presidencial que o levou ao poder. Há temor de que os dados colhidos nessa investigação acabem alimentando as ações que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedem a cassação da chapa vencedora por disparo em massa de mensagens por WhatsApp.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.