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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A cada quatro dias, Bolsonaro faz ameaças às eleições de 2022

A cantilena com ares golpistas do presidente aumentou nos últimos tempos, coincidindo com a piora da avaliação de seu governo nas pesquisas

Por Camila Nascimento 2 ago 2021, 09h44

Em um vídeo exibido durante as manifestações a favor do voto impresso no último domingo, 1º, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que as eleições em 2022 poderiam não acontecer. “Sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição”, afirmou. 

A cantilena com ar golpista ganhou um ritmo mais intenso nos últimos tempos, coincidindo com a pior da popularidade do presidente e a divulgação de pesquisas mostrando que ele perderia hoje para os principais adversários em uma disputa de segundo turno no próximo pleito. Somente no último mês, Bolsonaro repetiu pelo menos sete vezes a ameaça de não termos eleições em 2022 caso a PEC do voto impresso não seja aprovada.

O negacionismo eleitoral ignora o fato de que as urnas eletrônicas se mostram confiáveis, sem qualquer episódio grave de problemas desde a adoção do sistema. Há três anos acusando fraudes nas urnas eletrônicas e argumentando ter como demonstrar que houve já a manipulação do sistema, o presidente admitiu não ter provas disso, apenas indícios, em uma live na última quinta, 29.

As declarações colocando em dúvida o sistema trazem embutidas a ameaça de confusão em 2022 caso a proposta bolsonarista não seja aprovada. Em entrevista à Rádio Guaíba, no dia 7, por exemplo, Bolsonaro destacou que os seus apoiadores vão ” arranjar problemas para o ano que vem. Se esse método continuar aí, sem a contagem pública, eles vão ter problemas. Porque algum lado pode não aceitar o resultado, e esse algum lado obviamente é o nosso lado. Queremos transparência, o voto auditável”.

No dia 8, o presidente afirmou que “ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”. Um dia depois, Bolsonaro disse que não  aceitaria os resultados eleitorais. Ele ressaltou que entregaria “a faixa para quem ganhar” apenas no” voto impresso”, porque assim, “não corremos o risco de não termos eleição no ano que vem”.

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Em nova conversa com apoiadores, no dia 19, Bolsonaro mais uma vez disse que poderia não deixar a presidência. “Eu entrego a faixa para qualquer um, caso eu dispute a eleição, mas tem que ser uma eleição limpa”, afirmou.

Após quatro dias, ao se dirigir a simpatizantes, Bolsonaro disse que “o nosso exército, que são vocês né, não vai aceitar acontecer o que ocorreu em outros países porque depois para retornar, pessoal”. Depois, no dia 24, o presidente defendeu que “não dá para termos eleições como está aí”. Já no dia 28, as ameaças a democracia e acusações de fraudes no atual sistema eleitoral continuaram, “vai ganhar eleição quem tem voto. Se não for dessa maneira, poderemos ter problemas em 22. 

Apesar de bradar que só aceitaria o resultado das eleição se o voto impresso fosse implementado no atual sistema de votação, Bolsonaro admitiu, dia 19 de julho, que a proposta deve não passar na Comissão Especial que analisa o tema. “eu não acredito mais que passe na Câmara, tá? A gente faz o possível “, contou a apoiadores.

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