Assine VEJA por R$2,00/semana
Lillian Witte Fibe Por Blog Política, economia e outros temas do momento. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Falando de mulheres

Mulher engajada e articulada jamais se sujeitaria à violência psicológica do marido, certo?

Por Lillian Witte Fibe 19 out 2017, 15h56
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em tempos de tanta manchete a respeito dos direitos das mulheres, seja sobre desigualdade salarial, seja sobre abuso sexual (vide o recente caso Weinstein e as estrelas de Hollywood), é necessário içarmos também o alerta contra um tipo insidioso de violência doméstica.
    Chama-se violência psicológica e, como tal, é crime previsto no artigo 7, inciso II da lei Maria da Penha.
    De difícil diagnóstico e várias nuances, quase nunca é denunciada, apesar de ser frequente.
    Quem não conhece uma mulher que tenha sido ignorada pelo marido meses ou anos a fio, até que a ela coubesse o ônus da ruptura?
    Ou o sujeito que diz odiar maquiagem, esmalte vermelho ou roupas curtas, nem sempre sob o disfarce do ciúme, induzindo-a a abrir mão da própria vaidade?
    Pior, e só pra dar outro exemplo tão presente aqui e ali na vida dos casais: o homem arma o próprio flagrante, e apenas espera que a mulher tome a iniciativa de abordar o assunto.
    A relação acaba.
    Por alguns dias.
    Ato seguinte, dizendo-se arrependido, consegue reatar e fica tudo por isso mesmo.
    Da parte das mulheres, o argumento que mais ouvimos em nosso cotidiano reporta-se aos filhos.
    Em nome da preservação da família e do convívio paterno, vale a pena fingir acreditar na promessa de mudança.
    Conheço mulheres engajadas, articuladas, com vários diplomas de ensino superior, que, ao se depararem com a realidade, persistem na relação.
    Haviam idealizado uma pessoa pela qual se apaixonaram no passado. Conscientes do engodo em que mergulharam, aceitam algumas lágrimas e breves palavras de arrependimento.
    Depressão, ansiedade e crises de pânico são alguns dos sintomas que vão aparecer durante ou depois dessa violência psicológica.
    Enquanto isso, o narcisista, que deveria ter sido denunciado, julgado e condenado por violência doméstica, mantém a mãe de seus filhos em peculiar cativeiro, para que ela atravesse o que lhe resta de vigor e juventude sob sua égide despótica.
    O caminho é a conscientização.

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.