Saúde ocular, cuide da sua
No Brasil, a deficiência visual é a mais representativa dentre os tipos de deficiências. No entanto, cuidados simples ajudam a manter a boa visão
Cegueira e outras deficiências visuais são preocupações antigas na área da saúde. Em 1975, por exemplo, foi criada a Agência Internacional para Prevenção da Cegueira (IAPB) com o objetivo de apoiar grupos profissionais e organizações não-governamentais envolvidas em cuidados oftalmológicos. Três anos depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou seu programa oficial de Prevenção de Cegueira e uma base de dados para orientar os países a desenvolver políticas de saúde ocular.
Problemas visuais
De acordo com estimativas da OMS, mais de 40 milhões de pessoas no mundo são cegas e outras 135 milhões sofrem limitações severas de visão. No Brasil, a deficiência visual é a mais representativa dentre os tipos de deficiências pesquisadas pelo IBGE (2010), afetando 3,6% dos brasileiros, principalmente com mais de 60 anos de idade. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, estatísticas da OMS sobre a relação entre cegueira, deficiência visual e condições econômicas permitem estimar em 1,2 milhão a população brasileira de cegos.
Impactos da falta de visão
Impactos da falta de visão são expressivos. Segundo o Vision Impact Institute, em 2012, o custo de acidentes rodoviários no Reino Unido devido a motoristas com visão deficiente foi estimado em 55 milhões de dólares. Um estudo com crianças brasileiras apontou que o risco de reprovação de um nível escolar é três vezes maior para os alunos com acuidade visual abaixo de 20/20 em relação as crianças que enxergam bem.
Cerca de 80% dos casos de cegueira podem ser evitados por meio de ações efetivas de prevenção ou tratamento. Por isto, a OMS lançou, em 1999, o projeto Vision 2020, iniciativa global que visa eliminar as principais causas de toda cegueira prevenível e tratável até 2020, oferecendo suporte científico, tecnológico e pessoal especializado para que cada país implemente as ações necessárias internamente.
Prevenção
No Brasil, até agora, não se vê avanços significativos para melhorar as condições de prevenção e tratamento relacionados à cegueira e outras deficiências visuais. No entanto, muitos dos cuidados necessários para manter a boa visão podem ser adotados por iniciativa própria de cada pessoa. Por exemplo: uma alimentação saudável e balanceada, dormir ao menos oito horas por dia, evitar coçar os olhos, usar óculos de grau ou sol quando necessário e, claro, visitar um oftalmologista periodicamente, são hábitos ao alcance de todos que contribuem para a saúde ocular.
Quem faz Letra de Médico
Adilson Costa, dermatologista
Adriana Vilarinho, dermatologista
Ana Claudia Arantes, geriatra
Antonio Carlos do Nascimento, endocrinologista
Antônio Frasson, mastologista
Artur Timerman, infectologista
Arthur Cukiert, neurologista
Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião
Bernardo Garicochea, oncologista
Claudia Cozer Kalil, endocrinologista
Claudio Lottenberg, oftalmologista
Daniel Magnoni, nutrólogo
David Uip, infectologista
Edson Borges, especialista em reprodução assistida
Fernando Maluf, oncologista
Freddy Eliaschewitz, endocrinologista
Jardis Volpi, dermatologista
José Alexandre Crippa, psiquiatra
Ludhmila Hajjar, intensivista
Luiz Rohde, psiquiatra
Luiz Kowalski, oncologista
Marcus Vinicius Bolivar Malachias, cardiologista
Marianne Pinotti, ginecologista
Mauro Fisberg, pediatra
Miguel Srougi, urologista
Paulo Hoff, oncologista
Paulo Zogaib, medico do esporte
Raul Cutait, cirurgião
Roberto Kalil, cardiologista
Ronaldo Laranjeira, psiquiatra
Salmo Raskin, geneticista
Sergio Podgaec, ginecologista
Sergio Simon, oncologista