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Psoríase: doença pode impactar outros órgãos além da pele

Estudos apontam preocupante conexão entre condição e o aumento do risco de doenças metabólicas e cardiovasculares

Por Anderson Costa*
12 fev 2024, 08h00

A psoríase é uma doença conhecida por seu comprometimento na pele: superficialmente ela causa placas vermelhas com escamas prateadas que acometem principalmente os cotovelos, joelhos e o tronco. Nos casos mais graves, pode se estender a praticamente todo o corpo, afetando também couro cabeludo, palmas, plantas e região genital.

Esse aspecto da psoríase já é bem explorado, bem como o entendimento do profundo impacto da doença na qualidade de vida e na autoestima, podendo levar à ansiedade, depressão e outros distúrbios psicológicos — efeitos que são exacerbados pela estigmatização social –. Também já é bem conhecida a inflamação articular da doença, chamada de artrite psoriásica.

Entretanto, um aspecto ainda pouco discutido com a sociedade é a preocupante conexão entre a psoríase e o aumento do risco de doenças metabólicas e cardiovasculares. Vários estudos têm demonstrado um aumento substancial na incidência de obesidade, hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia (colesterol alto) e até mesmo infarto e AVC entre os pacientes com psoríase, quando comparados à população geral.

Nesse sentido, um estudo no Reino Unido com 3.603 pacientes com psoríase mostrou uma redução média de expectativa de vida de seis anos em relação ao grupo controle. Dados como esse trazem à tona o fato de a psoríase ser uma doença mediada pelo nosso sistema imunológico com manifestação primária na pele, mas também com importante inflamação sistêmica.

É de suma importância que essas informações cheguem à população, pois muitos pacientes com psoríase moderada a grave ainda permanecem sem tratamento. A demora no acompanhamento médico adequado eleva o risco de comorbidades.

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A boa notícia é que, nas últimas décadas, houve uma verdadeira revolução no conhecimento sobre a psoríase e atualmente dispomos de medicações excelentes, que são efetivas e seguras. Elas não só reduzem em mais de 90% as lesões de pele como controlam a inflamação sistêmica.

Outro avanço importante é que os pacientes podem ter acesso às medicações necessárias ao tratamento da psoríase, uma vez que são de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, além de estarem disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

Fica a mensagem de que negligenciar o tratamento da psoríase é um equívoco que pode levar a sérias consequências para a saúde. É imperativo ampliar a conscientização sobre as ramificações sistêmicas da doença e a importância de um tratamento abrangente e precoce.

*Anderson Costa é médico dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

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