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Política

Sem transparência na Saúde, governo semeia insegurança digital

Jair Bolsonaro criticou segurança do voto eletrônico mas, até aqui, o governo se mostrou incapaz de garantir integridade e sigilo dos dados da população

Por José Casado SEGUIR SEGUINDO 13 dez 2021, 09h37

Ação de Hector Xavier Monsegur ocorreu após a sua prisão em 2011 — Ilustração — (Thinkstock/VEJA)

Jair Bolsonaro passou os últimos quatro anos criticando a tecnologia do voto eletrônico e acusando a Justiça Eleitoral de encobrir fraudes em resultados de eleições, sem jamais apresentar uma única prova. Recuou, semanas atrás, com a justificativa de ter recebido garantias de especialistas da Forças Armadas sobre a segurança do sistema.

A ofensiva que paralisou o Ministério da Saúde expôs, mais uma vez, o “lado b” da Presidência da República em segurança digital.

Bolsonaro desqualificou os protocolos de proteção do Judiciário e insinuou que não aceitaria o resultado de uma derrota na eleição presidencial de 2022. Mas, até aqui, o governo se mostrou incapaz de garantir integridade e sigilo dos dados que a população lhe confia.

A Saúde, por exemplo, tem sido alvo frequente de ataques desde o ano passado. Não se sabe exatamente o que aconteceu, e a rarefeita transparência governamental nas informações divulgadas desde sexta-feira só reforçam a insegurança.